O Papa Francisco recebeu em maio de 2019, no Vaticano, o líder indígena Raoni Metuktire , um importante aliado na defesa da Amazônia, um dos grandes desafios do primeiro pontífice latino-americano.
O líder Kayapó , Raoni Metuktire , que viaja acompanhado de outros três líderes indígenas do Xingu, tem sofrido a devastação de seu território, ameaçado pelo desmatamento, agronegócio e pela indústria madeireira.
A audiência com o líder indígena Raoni, também faz parte da preparação para a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a região Panamazônica, a ser realizada de 6 a 27 outubro, com o tema ‘Amazônia: Novos caminhos para a Igreja e para Ecologia. Nesta assembléia ocorrerá o encontro do Papa com bispos e clérigos de todo o mundo para debater questões como o desmatamento e a situação de povos indígenas.
A preocupação do papa com as ameaças contra esse santuário da biodiversidade coincide com a de muitas populações amazônicas, determinadas a defender sua identidade e seus costumes.
O Papa argentino é considerado o pontífice mais sensível aos problemas ecológicos após a publicação em 2015 da encíclica “Laudato Si”. A realização do Sínodo da Amazônia e o encontro de Francisco com líderes indígenas como Raoni, entre outras ações, mostra o apoio oficial da Igreja a atividades concretas em favor do cuidado ambiental, inclusive nas paróquias.
A Igreja também se diz empenhada em proteger “os esquecidos” da floresta amazônica, as populações mais pobres.
Atualmente a Amazônia é habitada por 390 povos com uma identidade cultural e uma língua própria, e tem cerca de 120 aldeias livres em isolamento voluntário.
Este território, compartilhado por nove países e habitado por cerca de 34 milhões de pessoas, abriga 20% da água doce não congelada do mundo, 34% das florestas primárias e 30-50% da fauna e flora do planeta.
Fonte: oglobo.com