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15 DE ABRIL – DIA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DO SOLO

Desde 1989, comemora-se o Dia Nacional de Conservação do Solo, em 15 de abril, uma oportunidade de aprofundar os debates sobre a importância do solo e a necessidade da utilização adequada desse recurso natural.

A data foi escolhida em homenagem a Hugh Hammond Bennett (1881-1960). Considerado o “pai da conservação do solo” nos Estados Unidos, ele foi líder do movimento pela conservação do solo, ainda na década de 1920. Seu trabalho influenciou a criação do Serviço de Conservação do Solo, hoje chamado Serviço de Conservação de Recursos Naturais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

No Brasil, a conservação dos solos geralmente também está atribuída a órgãos de gestão relacionados à agricultura, já que a erosão e o uso de determinados inseticidas são grandes problemas que podem levar à perda de nutrientes do solo e consequentemente de sua capacidade produtiva. No caso de São Paulo, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento atua no sentido de monitorar e prevenir a erosão, e melhorar as condições do solo para garantir a continuidade de seu uso.

Mas, isso também tem tudo a ver com a gestão do meio ambiente. É importante lembrar que a erosão não ocorre apenas em áreas de agricultura,  pois áreas florestais desmatadas também podem sofrer com esse problema.

Outros prejuízos derivados da degradação do solo são o selamento da terra, que agrava as enchentes, e os solos degradados captam menos carbono e outros gases de efeito estufa – GEE, interferindo nas mudanças climáticas.

Ao mesmo tempo, as mudanças climáticas também afetam a qualidade do solo. Temperaturas mais altas e eventos climáticos extremos, como secas, inundações e tempestades impactam diretamente na quantidade e fertilidade do solo. Chuvas ácidas provocadas pela poluição também podem afetar na destruição das árvores, tendo deslizamentos como consequência, tal como aconteceu na Serra do Mar, na década de 1980.

Apesar de sua importância, tanto para a alimentação da população e de animais, quanto para o meio ambiente, um relatório de 2016 das Nações Unidas revela que 33% dos solos do mundo estão degradados por erosão, salinização, compactação, acidificação e contaminação.

Na América Latina, cerca de 50% dos solos estão sofrendo algum tipo de degradação. Somente a erosão elimina 25 a 40 bilhões de toneladas de solo por ano, no mundo todo. Como resultado, as perdas de produção de cereais, por exemplo, foram estimadas em 7,6 milhões de toneladas por ano, no mundo. Isso afeta a segurança alimentar, aumenta os preços dos alimentos e pode levar milhões de pessoas à pobreza e à fome.

No Brasil, os solos sofrem com erosão, salinização, poluição e acidificação. A agricultura tradicional retira mais nutrientes do solo do que repõe. Isso acontece por falta de conhecimento a respeito de práticas sustentáveis e de políticas públicas de apoio ao pequeno produtor.

Assim, mesmo sem trabalhar como agricultores, nós também podemos fazer a nossa parte, ao adotar práticas que minimizem os impactos relacionados às mudanças climáticas e ao escolher alimentos que foram produzidos de formas sustentáveis, como agricultura orgânica, transição agroecológica e sistemas agroflorestais.

 

Fonte: Portal de Educação Ambiental

Leia a notícia original em: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/educacaoambiental/2023/04/15-de-abril-dia-nacional-de-conservacao-do-solo/

 

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