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Crise climática e a diversificação das fontes de energia

O Brasil entrou em 2022 para o ranking dos países que mais geram energia fotovoltaica no mundo, ficando no oitavo lugar de potência instalada acumulada. Em 2023, os números continuam surpreendendo, com as usinas solares ultrapassando os 5% na matriz elétrica brasileira, alcançando 10,4 gigawatts instalados.
Entre janeiro e agosto, foram instalados 3 gigawatts, segundo o Ministério de Minas e Energia – recorde de expansão de energia solar. Para comparação, em todo o ano passado, foram 2,5 gigawatts. O acréscimo não considera a micro e minigeração distribuída, que são as placas solares instaladas nas casas e comércios.
Já a geração em residências tem mais de 23 gigawatts instalados em 3 milhões de unidades consumidoras. São mais de 2 milhões de sistemas em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Hoje, as hidrelétricas são a principal fonte de geração de eletricidade no País, mas estão sujeitas às crescentes consequências das mudanças climáticas, como alterações no regime de chuvas e secas mais intensas e prolongadas. As precipitações intensas que o Rio Grande do Sul atravessa neste mês de setembro, em contraste com a seca que atingiu o Estado no início do ano, são um exemplo da vulnerabilidade a qual o setor elétrico está sujeito.
No RS, a potência instalada de todas as fontes soma cerca de 11,1 mil MW, com a geração solar se destacando. Há dez anos, representava apenas 0,01 MW da geração no território gaúcho e hoje já é a segunda principal fonte de energia, com 22% de participação e investimentos que chegam a R$ 12 bilhões no período.
Em primeiro lugar ainda está a hidreletricidade, com 41,7%. A energia eólica, cujos investimentos têm sido massivos, está em terceiro, com participação de 16,5% no mercado e empatada com as termelétricas fósseis. A geração por biomassa (matéria orgânica) é de 3,4%.
O aumento da utilização de energia solar tem se mostrado extremamente importante para a diversificação da matriz elétrica brasileira. Os números mostram tanto o potencial de crescimento do setor quanto a capacidade que o Brasil tem para a geração solar fotovoltaica. Mas não apenas isso. Revelam, também, o desejo do consumidor brasileiro de gerar a própria energia, não só economizando na conta de luz, como fazendo sua parcela para ajudar com o desenvolvimento sustentável do País.
Fonte: Jornal do Comércio
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