Ano de inicio: 2021
Status: Ativo
Tipo de empreendimento: Polo Petroquímico do Sul
Localização: Triunfo Estado: RS
Serviços Executados
Ecossis realiza levantamento e caracterização da flora sazonal para Corsan
A Ecossis Soluções ambientais apresentou o relatório final referente às campanhas de Levantamento e Caracterização da Fauna e Flora Sazonal (2021 – 2022) do Sistema Integrado de Tratamento de Efluentes Líquidos (SITEL), do Polo Petroquímico do Sul, Triunfo/RS, operado pela Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN). As áreas abrangidas pelo estudo compreenderam uma totalidade de 860 hectares, com o objetivo de levantar e mapear as formações vegetais ocorrente
A cobertura vegetal terrestre e aquática é formada, na sua maior parte, por vegetação secundária e reflorestamento com eucaliptos, o que indica a intensa ação antrópica imposta aos ecossistemas naturais, em época anterior à instalação do SITEL na área. Os remanescentes vegetais originais mais significativos, embora muito alterados em sua fitofisionomia e composição florística, são constituídos por comunidades herbáceas higrófilas nos banhados, e por comunidades arbóreas encontradas às margens do rio Caí e do arroio Bom Jardim.s, dando suporte ao levantamento da fauna, nos limites territoriais do empreendimento denominado SITEL.
Com a implantação do SITEL, a atividade agropecuária foi suspensa, oferecendo condições apropriadas à colonização por plantas primitivas, originando vegetação secundária. Esta reflete as condições ambientais e pode conduzir a uma comunidade semelhante à original. Na área de abrangência da vegetação pioneira, existe vegetação secundária em vários estágios de desenvolvimento, constituindo comunidades herbáceas, arbustivas e arbóreas. As comunidades herbáceas ocupam áreas não drenadas nas cercanias da faixa riparia do rio Caí. Espécies presentes espelham as modificações estruturais do solo devido ao avanço e retrocesso do lençol freático e das cheias do rio Caí: espécies herbáceas/arbustivas típicas pioneiras de grande poder de colonização, sendo algumas lianas anuais e bianuais.
A partir dos dados obtidos durante as quatro campanhas sazonais confirma-se como acertada a setorização da área do empreendimento e inclusão das unidades de amostragem (pontos de amostragem) em distribuição equivalente, entre 8 e 10 pontos, no interior de cada um dos quatro setores (Áreas 1, 2, 3 e 4). Apesar de alguns atributos comuns em cada um destes setores, a principal característica que os diferencia é a predominância de um ou outro ecossistema. Assim, todos possuem desde áreas campestres (secas à permanentemente alagadas), passando por áreas de transição (ecótonos), até áreas florestais com maior ou menor ocorrência de espécies exóticas (agrupamentos de eucaliptos, notadamente). Ainda que a diversidade de espécies arbóreas presentes nas diferentes classificações florestais pode diferir, foi evidenciada uma similaridade nos diferentes setores (Áreas 1, 2, 3 e 4) e nos processos de sucessão vegetal para o local de estudo. Estas características, em combinação à coleção de espécies vegetais de ocorrência e aos dados obtidos nas campanhas de 2015-2016, servem para direcionar os planejamentos tanto quanto à gestão ambiental do empreendimento (com ênfase na vegetação, foco deste trabalho), quanto nas ações de manejo, principalmente quanto às espécies exóticas invasoras.
Com relação à fauna, a abundância total registrada entre as áreas amostrais e campanhas de monitoramento foi de 668 indivíduos, pertencentes à vinte e duas (22) espécies, distribuídas entre quatro ordens da herpetofauna, e treze (13) famílias. Sendo cinco (05) famílias de anfíbia e oito (08) de reptília. Quanto às espécies, treze (13) são de anfíbios anura, seis (06) de répteis squamata (lagartos e serpentes), duas (02) de répteis testudines (tartarugas) e um (01) crocodilo. Entre os anfíbios, as espécies com maior frequência de ocorrência (FO% ≥25%) entre as áreas amostrais e campanhas de monitoramento foram: rã-boiadeira (Pseudis minuta), rãchorona (Physalaemus gracilis), perereca-do-banhado (Hypsiboas pulchellus) e perereca-dobanheiro (Scinax fuscovarius). Entre os répteis a espécie com maior frequência de ocorrência (FO% ≥25%) foram: lagarto-teiu (Salvator merianae), lagartixa-doméstica-tropical (Hemidactylus mabouia), cágado-de-barbelas (Phrynops hilarii), tigre-d’água (Trachemys dorbigni) e cobra-de-capim (Erythrolamprus poecilogyrus).