Incentivos financeiros para a Conservação do Pantanal
Durante o 3° Encontro da Carta Caiman, a pauta sobre a Conservação do Pantanal foi discutida pelos representantes de governos estaduais, de empresas e de ONGS onde um das medidas pensadas foi remunerar o produtor local que tem área protegida, com valores acima da legislação, essa medida seria uma forma de compensação justa e efetiva para valorizar as áreas onde a vegetação nativa está conservada. O objetivo dessa proposta é garantir o retorno financeiro para viabilizar a gestão da unidade de conservação.
Além de discutir essa medida, também foram assumidos compromissos para o desenvolvimento e proteção do Pantanal, documentados na então Carta Caiman, que teve sua origem em 2016.
Agilizar a aprovação da lei do Pantanal, estabelecer áreas de interesse para o econegócio, rever os plantios de monoculturas, implementar o pagamento por serviços ambientais e assegurar o modelo de conservação da Reserva da Biosfera, estes foram alguns dos compromissos já assumidos e documentados na Carta Caiman, que também apresenta princípios de proteção e desenvolvimento para a Bacia do Alto Paraguai.
Considerado o bioma mais preservado do Brasil, o Pantanal tem ainda 86% da sua área coberta por vegetação nativa, no entanto, o cenário preocupa. No último monitoramento da cobertura vegetal e o uso do solo da Bacia do Alto Paraguai, constatou-se que o desmatamento da planície equivale a uma área de cinco campos de futebol a cada hora.
Estudiosos ainda afirmam que para ter sucesso, as iniciativas, como esta, precisam do todo: instituições, ONGs e a comunidade fortalecendo e sensibilizando o poder público a estabelecer políticas efetivas de desenvolvimento.
(fonte: g1.globo)