Dia: 1 de dezembro de 2022

Tempo de decomposição dos materiais

Você sabia que o tempo de decomposição dos materiais no meio ambiente é diretamente influenciado por suas características, podendo variar de alguns meses a centenas de milhares de anos? Por conta da imensa variedade de materiais, composições químicas e utilidades nas atividades humanas, existem uma série de normas que definem a classificaçãocaracterísticas e identificação por cores, de forma a facilitar a correta separação e destinação dos materiais, reduzindo potenciais impactos duradouros à natureza e às pessoas.

Confira abaixo os diferentes materiais e seu tempo de decomposição na natureza:

Material Tempo de Decomposição
Aço Mais de 100 anos
Alumínio 200 a 500 anos
Baterias 100 a 500 anos
Borracha Indeterminado
Cerâmica Indeterminado
Chicletes 5 anos
Corda de nylon 30 anos
Couro 50 anos
Embalagens Longa Vida Até 100 anos (alumínio)
Esponjas Indeterminado
Fralda biodegradável 1 ano
Fralda descartável 450 a 600 anos
Filtros de cigarros 5 anos
Isopor 150 anos
Lata de aço 10 anos
Linha de pesca 600 anos
Louças Indeterminado
Luvas de borracha Indeterminado
Madeira pintada Mais de 13 anos
Metais (componentes de equipamentos) Cerca de 450 anos
Óleo lubrificante Não se decompõem
Óleo de cozinha Indeterminado
Palito de fósforo 2 anos
Panos 6 meses a 1 ano
Papel e papelão Cerca de 6 meses
Papel plastificado 1 a 5 anos
Plásticos (embalagens, equipamentos) Até 450 anos
Pilhas 100 a 500 anos
Pneus Indeterminado
Sacos e sacolas plásticas Mais de 100 anos
Tampinhas de garrafas 100 a 500 anos
Tecidos de algodão 1 a 5 meses
Vidros Indeterminado

 

Fonte Ambiente Brasil.

Leia a notícia original: https://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/reciclagem/tempo_de_decomposicao_dos_materiais.html

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Aquecimento global já impacta infraestruturas viárias

Os efeitos do aquecimento global já podem ser notados em infraestruturas viárias, reduzindo a vida útil dessas construções. O alerta é do Bureau Veritas, líder mundial em Teste, Inspeção e Certificação (TIC), que atua na verificação de Obras de Artes Especiais (OAE), como viadutos, pontes, passarelas e túneis, em mais de 140 países.

Com a aceleração das mudanças climáticas, Grupo alerta para a revisão do cronograma preventivo para identificar as manifestações patológicas a tempo para manutenções corretivas.

“As OAE são expostas diariamente a agentes naturais e é necessário acompanhar a vida útil de cada uma, considerando as características dos materiais utilizados, as formas de construção e o clima da região onde estão construídas. O aquecimento global vem acelerando o surgimento de manifestações patológicas, exigindo maior atenção à manutenção preventiva para garantir estruturas duradouras e o desenvolvimento sustentável das cidades, além de evitar tragédias”, afirma Rafael Perez, diretor de Construção e Infraestrutura do Bureau Veritas.

As OAE’s são construídas para aguentar determinado nível de intempéries. Os parâmetros utilizados nos projetos, porém, não consideram a aceleração das mudanças climáticas, dificultando que sua vida útil acompanhe o crescimento urbano e o aumento do fluxo de veículos.

As chamadas manifestações patológicas incluem fissuras, trincas, rachaduras, corrosão de armadura, carbonatação, infiltrações e recalque, que podem aparecer naturalmente com o passar do tempo e de acordo com os materiais utilizados.

Entre os fatores que impactam diretamente na vida útil das OAE estão temperaturas cada vez mais altas, tempo seco ou intensificação das chuvas, concentração de gases de efeito estufa e elevação dos níveis do oceano. Mudanças incompatíveis com as características das regiões consideradas no desenvolvimento dos projetos.

A manutenção preventiva de OAE previne e minimiza impactos ambientais com melhor eficiência e custo-benefício. Ao identificar sinais de degradação, é analisado se o nível de deterioração é compatível com o tempo de vida da obra e realizadas inspeções e testes laboratoriais para encontrar a sua origem, identificando assim a melhor forma de reação visando mitigar consequências como interrupção de operações de estruturas viárias ou mesmo desabamentos.

 

Fonte Ambiental Mercantil.

Leia a notícia original: https://noticias.ambientalmercantil.com/28/11/2022/aquecimento-global-ja-impacta-infraestruturas-viarias-aponta-bureau-veritas/

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COP tem avanço histórico, mas deixa pontos sensíveis sem resposta

O acordo para a criação de um fundo de perdas e danos voltados aos países “particularmente vulneráveis” aos efeitos das mudanças climáticas, anunciado na madrugada deste domingo, 20, ao fim da Conferência do Clima da ONU (COP-27), em Sharm El-Sheik, no Egito, é um avanço histórico sem precedentes. Terminadas as negociações no norte da África, no entanto, fica a pergunta: o quanto os países avançaram nas mudanças das causas que levaram o fundo a ser tão importante? Não muito, principalmente em relação ao corte de emissões de gases geradores do efeito estufa.

A proposta foi apresentada pela União Europeia quase no fim da conferência e sua discussão ocupou todo o sábado. Oficialmente, a COP terminou na sexta. O texto aprovado prevê a criação de um grupo de trabalho transacional para que o fundo seja efetivado até a próxima COP, no ano que vem. O documento trabalha com a perspectiva de que o financiamento seja feito por instituições financeiras multilaterais como o Banco Mundial. A chamada à participação dos países em desenvolvimento teve como alvo a China, que se recusava a participar como financiadora direta do fundo.

A definição de quem são os vulneráveis elegíveis consumiu grande parte da negociação. Por fim, o texto fala em países ameaçados pela subida do nível do mar, migrações em massa forçadas por desastres naturais e efeitos diretos das mudanças climáticas.

Entretanto, um ponto-chave da discussão sobre aquecimento global ficou de fora: o documento não traz definições sobre os cortes das emissões nem avanços em relação à conferência de Glasgow. Para observadores, o debate sobre combustíveis fósseis não apresentou resultados. “Do ponto de vista das causas, andamos pouco. Esta COP foi paquidérmica. Quando a gente fala de causas, estamos falando de combustíveis fósseis, que tivemos pequeno avanço no ano passado com menções explicitas no documento final da COP-26 e outras fontes de emissões”, diz Natalie Unterstell, integrante da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e presidente do Instituto Talanoa. “Infelizmente, não tivemos grandes anúncios sobre essa pauta aqui em Sharm El-Sheik e as decisões que tratavam sobre esse assunto ficaram um pouco aquém.”

Na avaliação de Natalie, a questão da adaptação dos países às mudanças climáticas teve avanço discreto que promete ser um impulso para decisões futuras. Já as perdas e danos, foco do fundo proposto pela UE, foi a boa notícia. Ainda assim, longe do necessário. “Não perdemos, mas está indo devagar.”

Acuada pela guerra na Ucrânia, a União Europeia não demonstrou interesse e engajamento nessa pauta. Outros grandes emissores e consumidores de combustíveis fósseis, como China e Estados Unidos, tampouco se comprometeram. Dessa forma, o documento final não trouxe nada sobre um novo e final passo para a eliminação do carvão e sobre os demais faz menção apenas à eliminação de “subsídios ineficientes”.

Assim, a conferência traz um avanço inegável, principalmente para os países insulares ameaçados de extinção pelo aumento do nível do mar, mas deixa pontos sensíveis em aberto para a próxima cúpula, que será realizada nos Emirados Árabes Unidos.

 

Fonte Estadão

Leia a notícia original: https://www.estadao.com.br/sustentabilidade/cop-tem-avanco-historico-mas-deixa-pontos-sensiveis-sem-resposta/

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