Dia: 15 de maio de 2023

Brasil ultrapassa 29 GW de potência instalada em energia solar

O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 29 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 13,1% da matriz elétrica do País, informou nesta sexta-feira, 12, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Desde julho do ano passado, a fonte solar – segunda maior do País em potência instalada, perdendo apenas para as hidrelétricas -, têm crescido, em média, 1 GW por mês. Em julho do ano passado a potência instalada era de 16,4 GW. O crescimento vem sendo puxado pela geração distribuída (GD), que soma 20,5 GW de potência instalada, decorrente de R$ 101,7 bilhões em investimentos.

Já os grandes parques solares (geração centralizada) somam 8,5 GW de potência instalada, fruto de R$ 42,2 bilhões em novos investimentos.

De acordo com a entidade, desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil cerca de R$ 143,9 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 42,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 870 mil empregos acumulados.

Além disso, o aumento da energia solar também já evitou a emissão de 36,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade, informa a Absolar.

Para o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, o crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial e fortalece a vocação do País para produção de hidrogênio verde. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde (H2V) mais barato do mundo e o desenvolvimento de novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia e os veículos elétricos”, diz.

Ele informa que segundo estudo da consultoria Mckinsey o Brasil poderá ter uma nova matriz elétrica inteira até 2040 destinada à produção do H2V.

Para tanto, o País deverá receber cerca de US$ 200 bilhões em investimentos no período, como geração de eletricidade, linhas de transmissão, unidades fabris do combustível e estruturas associadas, incluindo terminais portuários, dutos, armazenagem, explica.

 

Fonte: Infomoney

Leia a notícia original em https://www.infomoney.com.br/negocios/brasil-ultrapassa-29-gw-de-potencia-instalada-em-energia-solar/

Saiba Mais

Empresas da América Latina demonstram maior otimismo em alcançar metas de sustentabilidade para 2030

O otimismo extremo em alcançar as metas de sustentabilidade até 2030 está alto na América Latina: 52%, de acordo com a empresa de tecnologia dos Estados Unidos Honeywell. O número representa uma melhora em relação à edição anterior do levantamento, realizado em 2022, e está acima das outras regiões. O otimismo aumentou em todos os continentes, exceto na região formada por Europa, afetada pela guerra na Ucrânia, Oriente Médio e África.

Outro ponto medido pela Honeywell foi a prioridade dada à questão ambiental: 71% dos CEOs responderam que a questão era uma das suas principais prioridades. Embora alto, o número ainda fica abaixo da média global, que também teve a sustentabilidade como líder (75%) entre os temas, seguida pela transformação digital (56%), performance financeira (47%) e crescimento de mercado (47%). A pesquisa ouviu 750 líderes empresariais diretamente envolvidos em iniciativas socioambientais nas companhias.

“O que os dados nos mostraram é que o momento atual da nossa geopolítica, como a guerra da Ucrânia, tem um impacto direto nas metas de sustentabilidade”, relatou Macedo. A guerra gerou um aumento no custo da energia no mundo todo, mas de forma ainda mais acentuada no continente, o que atrapalhou a transição para energias renováveis enquanto eram buscadas novas formas de obter a energia gerada por combustíveis fósseis de forma barata.

Processos ou tecnologias

O levantamento ainda trouxe a questão das principais formas de levar a pauta adiante dentro das empresas e atingir as metas: seria por mudanças em processos e comportamentos ou por meio da adoção de novas tecnologias? A maioria aposta em uma mudança de processos (44%), enquanto 26% utilizam principalmente a tecnologia e 30% buscam uma aproximação balanceada entre as duas maneiras.

De acordo com o CSO global da Honeywell, a maioria das empresas começa a jornada sustentável com os processos, mas depois notam que as soluções tecnológicas como utilização da energia solar e criação de produtos mais eficientes costumam acelerar as mudanças. “O tempo que temos para evitar desastres climáticos piores é curto e a tecnologia está mais disponível, então as companhias devem trocar para a tecnologia o mais rápido possível porque há menos tempo. As mudanças de comportamento são importantes, mas agora é uma ideia melhor realizá-las com a adoção da tecnologia”, diz Van Hook.

Assim, as mudanças têm que estar presentes desde o início, em como as organizações pensam e constroem os produtos. “Se você vai fazer uma tese de investimento em torno da economia verde, precisa entender a economia verde”, alerta van Hook. Ele cita o exemplo da própria Honeywell, com a afirmação de que 60% das receitas da empresa são de melhorias socioambientais para os clientes. Entre as companhias latino-americanas, algumas soluções são buscadas, como a construção de biorrefinarias no setor de combustíveis ou o uso de combustível para aviação sustentável (SAF).

A principal ação ambiental citada foi a busca por energia renovável como prioridade (68%), seguida por redução nas emissões (48%), prevenção da poluição (38%) e reciclagem e economia circular (34%). Cada questão entra na pesquisa de forma cíclica, de acordo com questões que a afetam. Assim, as empresas reagem para utilizá-las. “Uma vez que elas têm ‘músculos’, usam naquelas questões”, cita van Hook.

E o papel das empresas latino-americanas ainda pode ser premente, contribuindo para a descarbonização. “Podemos evoluir de exportadores de commodities vegetais para exportadores de produto de alto valor agregado, como o SAF”, diz Macedo. Contudo, é preciso considerar os desafios sociais, já que a região ainda tem que lidar com a desigualdade e a pobreza, e a preservação ambiental e a biodiversidade. “São questões que devem ter um papel determinante no desenvolvimento sustentável da região”, prevê.

 

Fonte: Terra

Leia a notícia original em https://www.terra.com.br/economia/dinheiro-em-acao/empresas-da-america-latina-demonstram-maior-otimismo-em-alcancar-metas-de-sustentabilidade-para-2030,73a0c3c13eea7d1a98edb0e832c93271depp9iv2.html

Saiba Mais

Simone Tebet quer equilibrar gastos para promover desenvolvimento sustentável

Reequilibrar os gastos públicos é primordialmente necessário para promover o crescimento sustentável com inclusão social. A partir dessa premissa, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que esteve nesta terça-feira (9) em audiência conjunta da Comissão de Infraestrutura (CI) e da Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR), respondeu aos questionamentos dos senadores e internautas, preocupados com as diretrizes da pasta para os próximos dois anos.

Ex-senadora, Simone Tebet, que assumiu o recriado Ministério do Planejamento e Orçamento (MOP), destacou problemáticas a serem desafiadas de imediato, entre elas o combate ao “imenso déficit fiscal”, à fome que atinge 33 milhões de brasileiros, e à falta de recursos para a infraestrutura. Para a ministra, “planejamento estratégico é o que vai resolver os problemas do país”.

— O Brasil não tem planejamento, gastamos mal. (…) Não temos condições de pensar o Brasil sem o planejamento — afirmou a ministra, ao completar que “planejar é tão importante quanto executar”.

A gestora enfatizou ainda que para baixar a taxa de juros no país, é preciso que o governo estabilize a dívida pública, ou “sinalize nesse sentido”. Sobre os juros de 13,75%, ela disse ser uma taxa que se justificava no passado. A ministra antecipou que até sexta-feira (12) deve ser divulgada uma inflação “menor do que a esperada” para o mês de abril.

Presidente da CDR o senador Marcelo Castro (MDB-PI) ratificou a necessidade de planejamento, que “se perdeu ao longo dos anos”, ao afirmar que “não se pode mais ficar nesse improviso”.

Planejamento

Simone Tebet enfatizou dois importantes guias para as políticas públicas a cabo da pasta: o planejamento de médio prazo, definido no Plano Plurianual (PPA) — que será entregue ao Congresso até 31 de agosto — e o planejamento de longo prazo, em um projeto para o Brasil 2024-2040.

A novidade, segundo a ministra, é um PPA 2024-2040 participativo e consultivo, com a oitiva da sociedade em todos os estados do país, iniciativa elogiada pela senadora Teresa Leitão (PT-PE). A proposta é abarcar pautas transversais, multisetoriais, de gênero, equidade e meio ambiente, com metas regionalizadas.

— O PPA vai ter diretrizes com programas e ações que o Brasil quer. O planejamento vai ser participativo e o Congresso Nacional é que vai fazer o orçamento, de acordo com as diretrizes.

Também é meta do MOP trabalhar na construção de uma “nova estratégia nacional de desenvolvimento de longo prazo”, prevista para ser concluída em agosto de 2024.

— Temos que parar com essa percepção equivocada que os problemas do Brasil começam em 1º de janeiro e terminam em 31 de dezembro — afirmou Simone.

Além da agenda mais estrutural, o ministério tem se debruçado em novos instrumentos “fundamentais para a modernização do Orçamento federal”, como um quadro de despesas de médio prazo.

— Nosso papel é alertar para riscos fiscais e verificar a adequação de medidas à boa prática orçamentária.

Simone Tebet também destacou que o Brasil voltou a honrar seus compromissos com organismos internacionais. Diante dos R$ 2,6 bilhões herdados em anos anteriores, R$ 1,2 bilhão foi pago nos primeiros quatro meses do ano e a meta é quitar tudo até o final de 2023.

Arcabouço fiscal

O novo arcabouço fiscal foi amplamente questionado por senadores e internautas. A ministra foi enfática na defesa dessa nova proposta que substitui o teto de gastos, que ao seu ver “não se sustenta” e em afirmar que é possível ter “responsabilidade fiscal com controle social”.

A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023 (Lei 14.535, de 2023) tem investimentos previstos de R$ 70,9 bilhões, “número pequeno”, mas que deve aumentar a partir da efetivação da política fiscal proposta, segundo Simone, que apontou ainda para mais credibilidade, redução das incertezas — possibilitando a queda da taxa longa de juros — e o fomento do crescimento econômico do país.

— De um lado, há grandes incertezas no mercado sobre a sustentabilidade da dívida pública e o controle dos gastos públicos. De outro, é necessário garantir espaço para gastos sociais.

Ao senador Jorge Seif (PL-SC), a ministra afirmou que o novo arcabouço fiscal possibilitará diminuir o valor da dívida e que haverá incremento de receitas com controle de gastos.

Reforma tributária

Para a ministra, o país “só vai crescer se depois de 30 anos tivermos a coragem de enfrentar a reforma tributária”, que vai proporcionar efeitos relevantes no crescimento do produto interno bruto (PIB), a partir do aumento da produtividade econômica e da redução do custo Brasil.

O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) também defendeu a reforma tributária, já que “não podemos mais aumentar impostos nesse país”, e salientou ainda a necessidade de uma reforma administrativa. O senador questionou os projetos do governo para rodovias e ferrovias diante da falta de recursos.

Simone disse ser necessário elevar a taxa de investimento para 20% ou mais do PIB. A ministra confirmou que a perspectiva de crescimento do PIB está em 1,6% este ano, passando a 2,3% em 2024 e 2,8%, em 2025.

Desenvolvimento regional

Norte, Nordeste e Centro-Oeste precisam de políticas públicas diferenciadas, afirmou Simone, e, por isso, elaborar com o Congresso Nacional o Plano Nacional de Desenvolvimento Regional será uma “responsabilidade em conjunto”.

Em resposta a diversos senadores, a ministra defendeu ainda a reindustrialização do país. Ela compartilhou a proposta da criação de um fundo constitucional para o desenvolvimento regional.

— O Brasil é um país muito rico para ter um povo tão pobre (…) E a nossa maior vergonha é a desigualdade social.

Para o senador Laércio Oliveira (PP-SE) “é preciso entender o regionalismo do nosso país”. Ele solicitou à ministra uma reflexão sobre as questões regionais.

Jayme Campos (União-MT) questionou o direcionamento de recursos, como do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), para grandes empresários, em detrimento dos que mais precisam, assim como tratou da insegurança jurídica e da burocracia que emperram o desenvolvimento.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) questionou se o país está preparado para o futuro e se o MOP sinaliza o planejamento aos demais ministérios.

Fonte: Agência Senado

Leia a notícia original em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/05/09/simone-defende-equilibrar-gastos-para-promover-desenvolvimento-com-inclusao

Saiba Mais
RESPONSABILIDADE-SOCIOAMBIENTAL

Seminário Cidade Bem Tratada reuniu representantes de entidades e empresas em prol do meio ambiente

 

A 11ª edição do evento, que debateu a situação das águas, energia renovável e tratamento de resíduos sólidos, ocorreu nos dias 8 e 9 de maio, em Porto Alegre. Foto: Matheus Bellini

 

A edição 2023 do Seminário Cidade Bem Tratada retomou os painéis presenciais durante os dias 8 e 9 de maio. Realizado desde 2012, coloca em debate a situação atual das águas, energias renováveis e resíduos sólidos, e especialmente a pauta de como uma cidade pode se desenvolver com total respeito à natureza. A realização é da Fundação Mata Atlântica e Ecossistemas com patrocínio da Ecossis Soluções Ambientais. O seminário ocorreu no Auditório Sede do Ministério Público, em Porto Alegre.

Conforme o biólogo e diretor executivo da Ecossis Soluções Ambientais, Gustavo Duval Leite, “foi uma experiência muito positiva para gerar conexões que visam a problemática e soluções ambientais”, disse. A programação do evento destacou uma série de atividades com foco em assuntos como a política nacional de resíduos sólidos; cidades ecointeligentes: a tecnologia como aliada na busca de soluções ambientais para as cidades; soluções baseadas na natureza: com o objetivo de enfrentar e minimizar as mudanças climáticas; e mobilidade e energia descarbonizadas.

Entre os convidados palestrantes, nomes como a promotora de justiça Annelise Steigleder; a pedagoga e fundadora do Projeto Pró-CREP – Cooperativa de Triagem de Resíduos Sólidos, de Palhoça (SC), Hélia Alice dos Santos; o presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias do Vidro (Abividro), Lucien Belmonte; o engenheiro florestal e coordenador da Divisão de Infraestrutura e Saneamento Ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (Sema/RS), Walter Souza; a co-fundadora e diretora de Operações da Grilo Mobilidade – Inovação da mobilidade por meio de transporte descarbonizado, Leronor Moura; e o CEO da TrashIn – Inovação na gestão de resíduos por meio da tecnologia, Sergio Finfger.

Saiba Mais
Exibir perfil do(a) Ecossis Soluções Ambientais no Ariba Discovery