Consumo de recursos naturais cresce três vezes mais rápido do que população, alerta especialista
Desde 1970, a ONG Footprint Network calcula o dia do ano em que a humanidade passa a demandar mais recursos naturais do que o planeta pode regenerar no período de 365 dias.
Este dia caiu em 30 de dezembro no primeiro cálculo. Mas, 53 anos depois, a biocapacidade mundial se encerra nesta quarta-feira (2).
Os fatores que antecipam esse esgotamento são vários, mas o crescimento do consumo é o principal.
“Alguns estudos vêm mostrando que, além de um crescimento populacional ao longo desses anos, a forma como as pessoas consomem é ainda maior. Ainda que a população venha a crescer, o consumo cresce três vezes mais rápido”, explicou à CNN Rádio Bruno Yamanaka, especialista de conteúdo do Instituto Akatu.
O Brasil tem um desempenho um pouco melhor do que a média mundial no uso de recursos, mas bem discreto. Segundo a Footprint Network, o dia da sobrecarga brasileiro ocorreria no próximo dia 12.
Por outro lado, apenas dez dias de vantagem em relação à média mundial significam uma má gestão dos recursos naturais num país como o Brasil.
“Pelo fato de a gente ter essa biocapacidade alta, estar perto da média mundial significa que estamos com um consumo intenso”, ressalta Bruno Yamanaka. “A gente tem uma oportunidade de aproveitar esses recursos de maneira mais consciente para trazer essa data cada vez mais para o final do ano.”
O especialista de conteúdo ainda avalia que a solução passa pelas esferas pública e privada.
Bruno Yamanaka disse notar uma preocupação cada vez maior dos consumidores com a responsabilidade ambiental das empresas.
Fonte: CNN Brasil
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Novo PAC prevê investimento total de R$ 1,7 trilhão, com R$ 371 bilhões em recursos da União
O governo federal anunciou nesta sexta-feira (11) que o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vai contar com R$ 1,7 trilhão em investimentos, sendo R$ 1,4 trilhão até 2026 e R$ 320,5 bilhões após 2026. O presidente Lula participa de evento, no Rio de Janeiro, para detalhar o programa.
Segundo informações do governo, o montante investido estará dividido da seguinte maneira: Orçamento Geral da União (OGU) direcionará R$ 371 bilhões; empresas estatais, R$ 343 bilhões; financiamentos somam R$ 362 bilhões; e setor privado, R$ 612 bilhões.
O novo PAC está organizado em nove eixos de investimento e cinco grupos de medidas institucionais.
O eixo que receberá maiores investimentos será Cidades Sustentáveis e Resilientes, com R$ 610 bilhões. Nesta seção estão contidas as moradias do Minha Casa Minha Vida, além de projetos para mobilidade urbana, gestão de resíduos sólidos e esgotamento.
Na sequência aparece Transição e Segurança Energética, com investimento total de R$ 540 bilhões, que abarcará o Luz para Todos, com o objetivo universalizar o atendimento no Nordeste e em comunidades isoladas na Amazônia Legal.
Novidade entre os eixos, Inclusão Digital e Conectividade terá como objetivo levar internet a escolas públicas e unidades de saúde, além de expandir as redes 5G e 4G. O investimento é de R$ 28 bilhões.
Haverá ainda R$ 53 bilhões em investimentos para Defesa, no intuito de aumentar a capacidade de defesa nacional do país. Confira abaixo os nove eixos e respectivas cifras:
- Cidades Sustentáveis e Resilientes: R$ 610 bilhões;
- Transição e Segurança Energética: R$ 540 bilhões;
- Transporte Eficiente e Sustentável: R$ 349 bilhões;
- Defesa: R$ 53 bilhões;
- Educação: R$ 45 bilhões;
- Saúde: R$ 31 bilhões;
- Água Para Todos: R$ 30 bilhões;
- Inclusão Digital e Conectividade: R$ 28 bilhões;
- Infraestrutura Social e Inclusiva: R$ 2 bilhões.
Já as medidas institucionais são atos normativos de gestão e planejamento para expansão dos investimentos públicos e privados. Elas estão organizadas em cinco grupos:
- Aperfeiçoamento do Ambiente Regulatório e do Licenciamento Ambiental;
- Expansão do Crédito e Incentivos Econômicos;
- Aprimoramento dos Mecanismos de Concessão e PPPs;
- Alinhamento ao Plano de Transição Ecológica;
- Planejamento, Gestão e Compras Públicas.
Fonte: CNN Brasil
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Economia Verde: O caminho para um futuro sustentável
A economia verde tem sido um termo cada vez mais presente nas discussões sobre o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente. Mas afinal, o que é a economia verde e como ela pode impactar o nosso futuro?
A economia verde refere-se a um modelo econômico que busca conciliar o crescimento econômico com a proteção ambiental e a promoção da equidade social. É um sistema baseado em atividades econômicas que valorizam e respeitam os recursos naturais, promovendo a sustentabilidade e a conservação dos ecossistemas.
Características
Uma das principais características da economia verde é a transição para uma produção e consumo mais eficientes, utilizando recursos de forma consciente e reduzindo o desperdício. Isso envolve o uso de energias renováveis, a implementação de práticas de reciclagem e reutilização, a redução das emissões de gases de efeito estufa e a adoção de tecnologias limpas.
Além disso, a economia verde também busca promover a inclusão social e a criação de empregos verdes, ou seja, empregos que contribuem para a preservação do meio ambiente e para o bem-estar social. Isso inclui setores como energias renováveis, agricultura sustentável, transporte limpo, eficiência energética e gestão de resíduos.
Benefícios
Os benefícios da economia verde são diversos. Ela pode impulsionar o crescimento econômico de forma sustentável, gerando novas oportunidades de negócios e estimulando a inovação. Além disso, pode contribuir para a redução da pobreza e das desigualdades, melhorando a qualidade de vida das pessoas e garantindo a preservação dos recursos naturais para as gerações futuras.
No entanto, a transição para uma economia verde não é um processo simples. Requer o envolvimento de governos, empresas, sociedade civil e indivíduos. É necessário o desenvolvimento de políticas públicas que incentivem práticas sustentáveis, o investimento em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas e a conscientização da população sobre a importância de uma economia mais verde.
Alternativa sustentável
Felizmente, muitos países e organizações já estão adotando medidas nesse sentido. O investimento em energias renováveis está em ascensão, a economia circular está ganhando força e os esforços para reduzir as emissões de carbono estão se intensificando.
A economia verde é uma alternativa promissora para enfrentar os desafios do desenvolvimento sustentável e combater as mudanças climáticas. É um caminho que une a prosperidade econômica com a proteção do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida. Agora, mais do que nunca, é hora de abraçar essa transição e construir um futuro sustentável para todos.
Fonte: Pensamento Verde
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Empresas de saneamento levantam R$ 9,3 bilhões no mercado para expandir operações
As empresas de saneamento Aegea e Iguá levantaram cerca de R$ 9,3 bilhões em emissões de títulos de dívida junto a investidores nas últimas semanas, em busca de recursos para expandir as operações no país.
No dia 9 de agosto, a Aegea Saneamento e Participações informou a conclusão de uma captação de R$ 5,5 bilhões via debêntures. Segundo a empresa, foi a maior oferta incentivada de títulos de infraestrutura já realizada no país.
A emissão da Aegea se deu em duas séries, conduzidas pelas coligadas Águas do Rio 1 SPE e Águas do Rio 4 SPE, nos valores de R$ 3,49 bilhões e R$ 2,05 bilhões, respectivamente.
As debêntures da primeira série vão pagar juros reais (além da inflação) de 6,9% ao ano, e têm prazo de 10 anos e meio, enquanto as debêntures da segunda série terão juros reais de 7,2% ao ano e vencimento de 18 anos e meio anos.
Segundo a empresa de saneamento, a demanda pelas debêntures foi de R$ 9,6 bilhões, aproximadamente 1,74 vezes acima do valor da oferta.
Os títulos foram classificados como “debêntures azuis e sustentáveis”, com base no “Framework de Finanças Sustentáveis”, elaborado pela Aegea, que tem como base o guia de investimentos com o selo de sustentabilidade do IFC (International Finance Corporation), membro do Banco Mundial.
A Aegea vai utilizar os recursos para o pagamento futuro ou reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacionadas aos investimentos para a ampliação e melhorias no sistema de abastecimento de água, bem como para a implantação, ampliação e melhorias do sistema de esgotamento sanitário nos municípios atendidos pela empresa no Rio de Janeiro.
A empresa de saneamento tem sido bastante ativa no mercado em busca de expandir a capilaridade.
No início de julho, a Aegea concluiu a aquisição da Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento) pelo valor de R$ 4,1 bilhões. A Corsan tem operação em 317 municípios do Rio Grande do Sul, totalizando uma população de cerca de 6 milhões de pessoas.
Ainda no mês passado, a Aegea também sagrou-se vencedora na licitação pública promovida pela Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) relativa à concessão para a prestação dos serviços públicos de esgotamento sanitário em 16 municípios paranaenses, abrangendo cerca de 600 mil habitantes.
Com a vitória, a Aegea iniciará suas operações no Paraná, passando a operar em 14 Estados do país e mais de 500 municípios, atendendo aproximadamente 31 milhões de pessoas.
“Esta conquista representa a concretização de mais uma importante etapa do planejamento estratégico da Aegea, que visa o seu crescimento qualificado e a contribuição para o desenvolvimento do saneamento básico no Brasil”, disse a empresa em comunicado.
IGUÁ CAPTA R$ 3,8 BILHÕES E TRAZ EX-CEO DA CORSAN PARA LIDERAR NOVA FASE
Já a Iguá Rio de Janeiro concluiu no final de junho a captação de R$ 3,8 bilhões em debêntures.
Os recursos serão direcionados ao pagamento de compromissos relacionados ao contrato de concessão celebrado com o Estado do Rio de Janeiro no início de 2022 para prestar serviços de saneamento nos municípios fluminenses de Miguel Pereira e Paty do Alferes.
A emissão também se deu em duas séries, de R$ 2 bilhões e R$ 1,8 bilhão. As debêntures da primeira série têm juros reais de 8,2% ao ano e prazo de 20 anos com amortizações em 36 parcelas semestrais e consecutivas a partir de novembro de 2025. Já as debêntures da segunda série têm juros de 7,97% ao ano, mais a inflação, e vencimento em 29 anos, com amortizações em 54 parcelas também a partir de novembro de 2025.
No início do mês, a Iguá informou uma troca no alto escalão, com a saída do CEO, Carlos Brandão, e a substituição pelo executivo Roberto Barbuti.
Segundo a empresa, a chegada do novo CEO “marca o início de uma nova fase, focada no crescimento sustentável e na ampliação da presença da Iguá”.
Antes de assumir o comando da Iguá, Barbuti esteve por quatro anos à frente da Corsan, e também passou por empresas do mercado financeiro como Bank of America, Merrill Lynch, Santander, UBS e Safra.
Tanto Iguá como Aegea são apontadas por fontes de mercado como candidatas em potencial para realizarem a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores no segundo semestre de 2023 ou no início de 2024.
Fonte: Folha de São Paulo
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