Projeto Inovador de Hyperloop entre Porto Alegre e Serra avança em parceria com a Ecossis.
Empresa que planeja “trem” ultrarrápido para ligar Porto Alegre e Serra em 20 minutos, a HyperloopTT contratou a gaúcha Ecossis Soluções Ambientais para conduzir o processo de licenciamento do projeto gaúcho, que prevê o transporte de passageiros em cápsulas por dentro de túneis. Um termo de referência já está sendo encaminhado junto à Fepam, fundação estadual. Depois, o próximo passo será o estudo de impacto ambiental, etapa importante para avançar na captação de recursos com investimentos. Na sequência, vem a busca pela licença prévia e, para início de obra, é necessária a de instalação, que poderá, também, passar pelo Ibama, órgão federal.
– O termo explica o que será feito, como, por exemplo, como coloco um pilar no meio da Serra, protegendo o meio ambiente. Nossa reunião na Fepam durou mais de três horas, ficaram animados. É difícil ter um modal de transporte que se preocupa tanto com sustentabilidade – diz Penzin, diretor da HyperloopTT na América Latina, Ricardo Penzin.
A proposta é ligar a Capital a Caxias do Sul, passando por Novo Hamburgo e Gramado. Pela complexidade do projeto, é difícil dar prazos, mas Penzin fala em dois anos para obter a autorização final. Ele acredita que o início da obra de um protótipo na Itália agilizará o processo, trazendo credibilidade maior à tecnologia. A empresa venceu uma licitação de US$ 875 milhões. Ainda em junho, no South Summit Madrid, o CEO global Andrés de León disse à coluna que é o primeiro projeto comercial da empresa, com uma tecnologia desenvolvida ao longo de 10 anos, a mesma que será usada no projeto gaúcho.
A coluna visitou a sede da empresa em Toulouse, na França. Lá, há um tubo enorme simulando o túnel por onde passariam as cápsulas com passageiros dentro. Com o transporte no vácuo, não há atrito e se chegaria à velocidade de 1,2 mil quilômetros por hora.
A HyperloopTT também está fazendo um estudo de viabilidade econômica para instalar um transporte de contêineres entre o porto de Santos (SP) e Três Lagoas (MS). O projeto gaúcho já tem o documento, realizado em parceria com a UFRGS e com apoio do governo do Estado. Estima-se que o retorno financeiro seja de 14 anos, com geração de 10 mil empregos.
Fonte: Gaucha ZH
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