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Olimpíadas de Inverno de Pequim, um Compromisso Verde com o Mundo

Foram encerrados, na noite de 13 de março, os Jogos Paraolímpicos de Inverno de Beijing 2022. Desde 4 de fevereiro, as Olimpíadas de Inverno apresentaram ao mundo um espetáculo atrás do outro, com as fantásticas cerimônias de abertura e de encerramento, as emoções nas competições e a fraternidade sem fronteira dos atletas.

Tudo isso manifesta o espírito olímpico “mais rápido, mais alto, mais forte – juntos”, deixando para a humanidade memórias e legado valiosos. Beijing, a primeira cidade duplamente olímpica do mundo, honrou seu compromisso com a sustentabilidade e entregou as primeiras Olimpíadas neutras em carbono da história.

O espírito olímpico não diz respeito apenas ao fairplay, como também visa à paz, à amizade, à solidariedade e ao desenvolvimento da humanidade. No mundo de hoje, a proteção ambiental é crucial para todos, a economia verde dita a tendência do desenvolvimento, portanto, cabe a todos os países implementar metas de um crescimento verde, descarbonizado e sustentável.

Não houve uma oportunidade melhor do que Beijing 2022 para engajar pessoas de todas as nacionalidades na preservação do nosso lar, o planeta Terra.

As ações falam mais alto do que as palavras. Em setembro de 2020, o Presidente Xi Jinping anunciou na 75ª Assembleia Geral da ONU que a China busca atingir o pico das emissões de CO2 antes de 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060.

Como o maior país em desenvolvimento, a China fará o maior corte do mundo na intensidade de emissão de carbono e concluirá a transição do pico das emissões para a neutralidade ambiental no menor curso de tempo da história.

Beijing 2022 foi uma vitrine das ações chinesas nesse sentido e tornou-se a edição mais “verde” da história olímpica, colocando em prática durante todo o processo a priorização da sustentabilidade, a conservação dos recursos e o respeito ao meio ambiente. Muitas experiências podem servir como referência para outros países nessa jornada de resposta à mudança climática.

Chen Peijie, Cônsul-Geral da China em São Paulo

Nestes Jogos Olímpicos “mais verdes”, o legado olímpico é aproveitado ao máximo: Boa parte das instalações esportivas haviam sido construídas para Beijing 2008. A operação do primeiro projeto mundial de geração eólica e solar integrada com armazenamento assegura o abastecimento de energia 100% verde aos locais de competição.

Para produzir gelo, foi introduzido um sistema transcrítico de CO2 que neutraliza quase todas as emissões de carbono. O transporte também contou com energia limpa como hidrogênio, com a circulação de mais de 100 ônibus movidos a esse combustível de fonte limpa.

O mais notável é o sistema de cálculo dos créditos de carbono, que inclui a mais ampla gama de gases de efeito estufa, com a maior cobertura geográfica, a maior duração e o mais alto grau de transparência.

A pira olímpica chamou a atenção de todos, com sua emissão de carbono 5 mil vezes menor que a de Beijing 2008. A pira não foi acesa de maneira convencional e a microchama substituiu a labareda tradicional. “Verde” foi um destaque nas reportagens sobre Beijing 2020 feitas por imprensas de todas as nacionalidades.

Tecnologias sustentáveis foram apresentadas de diversas formas, numa perfeita integração de grande evento esportivo com a descarbonização, dando um novo exemplo para as ações globais.

Águas cristalinas e montanhas arborizadas valem mais que ouro. Nos últimos cinco anos, o desenvolvimento sustentável vem produzindo resultados na China: o carvão caiu para cerca de 56% da matriz energética enquanto a proporção de energia limpa aumentou para 25,3%.

O país é líder mundial em capacidade instalada e volume de geração de fontes eólica e fotovoltaica, além de ser campeão na produção e venda de veículos movidos a energia renovável. As emissões de COpor unidade do PIB caíram 18,8% em relação a 2015 e 48,4% sobre 2005, superando a meta anunciada de 40-45%. A China é hoje um dos países com a mais rápida redução na intensidade de consumo de energia do mundo, revertendo em grande medida o acelerado crescimento das emissões.

Com uma população de 1,4 bilhão de habitantes, a China precisa desenvolver sua economia e, ao mesmo tempo, honrar os compromissos com a descarbonização, alcançando o pico das emissões em menos de 10 anos. Com senso de responsabilidade, o país está conduzindo um desenvolvimento de baixo carbono, ao acelerar sua transição para um modelo de crescimento mais sustentável.

No ano passado, o governo chinês anunciou “10 ações para atingir o pico de carbono”, como a descarbonização da matriz energética, a conservação de energia e o aumento de eficiência, e campanhas nas indústrias, na construção civil e no transporte, assegurando o cumprimento da meta até 2030, como planejado.

Na sessão anual da Assembleia Popular Nacional e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, o assunto também foi amplamente debatido e o relatório de trabalho do governo central propôs melhorar continuamente o ambiente ecológico e promover o desenvolvimento verde e de baixo carbono. Determinada e esforçada , a China trabalha para alcançar as metas estabelecidas sobre a descarbonização e os objetivos da ONU para o desenvolvimento sustentável, contribuindo para um mundo cada vez mais “verde”.

O ambiente ecológico não distingue fronteiras, por isso a humanidade precisa de solidariedade e cooperação para enfrentar os desafios. Beijing 2022 deu mais uma contribuição chinesa para criar uma comunidade de futuro compartilhado para todos e preservar o planeta Terra, lar de todos nós.

Com o encerramento das Olímpiadas do Inverno, apagou-se a micropira alimentada por energia de hidrogênio, mas a flama que ela acendeu em nossos corações vai iluminar o caminho da humanidade para o desenvolvimento verde, de baixo carbono e com sustentabilidade.

 

*Artigo escrito por Chen Peijie, Cônsul-Geral da China em São Paulo

 

Fonte: www.fullenergy.grupomidia.com 

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