Dia: 21 de março de 2022

Olimpíadas de Inverno de Pequim, um Compromisso Verde com o Mundo

Foram encerrados, na noite de 13 de março, os Jogos Paraolímpicos de Inverno de Beijing 2022. Desde 4 de fevereiro, as Olimpíadas de Inverno apresentaram ao mundo um espetáculo atrás do outro, com as fantásticas cerimônias de abertura e de encerramento, as emoções nas competições e a fraternidade sem fronteira dos atletas.

Tudo isso manifesta o espírito olímpico “mais rápido, mais alto, mais forte – juntos”, deixando para a humanidade memórias e legado valiosos. Beijing, a primeira cidade duplamente olímpica do mundo, honrou seu compromisso com a sustentabilidade e entregou as primeiras Olimpíadas neutras em carbono da história.

O espírito olímpico não diz respeito apenas ao fairplay, como também visa à paz, à amizade, à solidariedade e ao desenvolvimento da humanidade. No mundo de hoje, a proteção ambiental é crucial para todos, a economia verde dita a tendência do desenvolvimento, portanto, cabe a todos os países implementar metas de um crescimento verde, descarbonizado e sustentável.

Não houve uma oportunidade melhor do que Beijing 2022 para engajar pessoas de todas as nacionalidades na preservação do nosso lar, o planeta Terra.

As ações falam mais alto do que as palavras. Em setembro de 2020, o Presidente Xi Jinping anunciou na 75ª Assembleia Geral da ONU que a China busca atingir o pico das emissões de CO2 antes de 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060.

Como o maior país em desenvolvimento, a China fará o maior corte do mundo na intensidade de emissão de carbono e concluirá a transição do pico das emissões para a neutralidade ambiental no menor curso de tempo da história.

Beijing 2022 foi uma vitrine das ações chinesas nesse sentido e tornou-se a edição mais “verde” da história olímpica, colocando em prática durante todo o processo a priorização da sustentabilidade, a conservação dos recursos e o respeito ao meio ambiente. Muitas experiências podem servir como referência para outros países nessa jornada de resposta à mudança climática.

Chen Peijie, Cônsul-Geral da China em São Paulo

Nestes Jogos Olímpicos “mais verdes”, o legado olímpico é aproveitado ao máximo: Boa parte das instalações esportivas haviam sido construídas para Beijing 2008. A operação do primeiro projeto mundial de geração eólica e solar integrada com armazenamento assegura o abastecimento de energia 100% verde aos locais de competição.

Para produzir gelo, foi introduzido um sistema transcrítico de CO2 que neutraliza quase todas as emissões de carbono. O transporte também contou com energia limpa como hidrogênio, com a circulação de mais de 100 ônibus movidos a esse combustível de fonte limpa.

O mais notável é o sistema de cálculo dos créditos de carbono, que inclui a mais ampla gama de gases de efeito estufa, com a maior cobertura geográfica, a maior duração e o mais alto grau de transparência.

A pira olímpica chamou a atenção de todos, com sua emissão de carbono 5 mil vezes menor que a de Beijing 2008. A pira não foi acesa de maneira convencional e a microchama substituiu a labareda tradicional. “Verde” foi um destaque nas reportagens sobre Beijing 2020 feitas por imprensas de todas as nacionalidades.

Tecnologias sustentáveis foram apresentadas de diversas formas, numa perfeita integração de grande evento esportivo com a descarbonização, dando um novo exemplo para as ações globais.

Águas cristalinas e montanhas arborizadas valem mais que ouro. Nos últimos cinco anos, o desenvolvimento sustentável vem produzindo resultados na China: o carvão caiu para cerca de 56% da matriz energética enquanto a proporção de energia limpa aumentou para 25,3%.

O país é líder mundial em capacidade instalada e volume de geração de fontes eólica e fotovoltaica, além de ser campeão na produção e venda de veículos movidos a energia renovável. As emissões de COpor unidade do PIB caíram 18,8% em relação a 2015 e 48,4% sobre 2005, superando a meta anunciada de 40-45%. A China é hoje um dos países com a mais rápida redução na intensidade de consumo de energia do mundo, revertendo em grande medida o acelerado crescimento das emissões.

Com uma população de 1,4 bilhão de habitantes, a China precisa desenvolver sua economia e, ao mesmo tempo, honrar os compromissos com a descarbonização, alcançando o pico das emissões em menos de 10 anos. Com senso de responsabilidade, o país está conduzindo um desenvolvimento de baixo carbono, ao acelerar sua transição para um modelo de crescimento mais sustentável.

No ano passado, o governo chinês anunciou “10 ações para atingir o pico de carbono”, como a descarbonização da matriz energética, a conservação de energia e o aumento de eficiência, e campanhas nas indústrias, na construção civil e no transporte, assegurando o cumprimento da meta até 2030, como planejado.

Na sessão anual da Assembleia Popular Nacional e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, o assunto também foi amplamente debatido e o relatório de trabalho do governo central propôs melhorar continuamente o ambiente ecológico e promover o desenvolvimento verde e de baixo carbono. Determinada e esforçada , a China trabalha para alcançar as metas estabelecidas sobre a descarbonização e os objetivos da ONU para o desenvolvimento sustentável, contribuindo para um mundo cada vez mais “verde”.

O ambiente ecológico não distingue fronteiras, por isso a humanidade precisa de solidariedade e cooperação para enfrentar os desafios. Beijing 2022 deu mais uma contribuição chinesa para criar uma comunidade de futuro compartilhado para todos e preservar o planeta Terra, lar de todos nós.

Com o encerramento das Olímpiadas do Inverno, apagou-se a micropira alimentada por energia de hidrogênio, mas a flama que ela acendeu em nossos corações vai iluminar o caminho da humanidade para o desenvolvimento verde, de baixo carbono e com sustentabilidade.

 

*Artigo escrito por Chen Peijie, Cônsul-Geral da China em São Paulo

 

Fonte: www.fullenergy.grupomidia.com 

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Brasil inicia temporada de concessões de parques e florestas

Depois de rodovias, aeroportos e saneamento, o Brasil deve entrar numa nova onda de concessões voltadas ao setor ambiental. Beneficiadas pelo apelo ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança), as licitações envolvem parques e florestas espalhados por todo o País. Só neste ano a expectativa é de realizar dez leilões até o terceiro trimestre, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas o potencial é ainda maior.

A instituição calcula que haja 8,4 milhões de hectares de unidades de conservação que podem ser concedidos para a iniciativa privada – isso equivale ao tamanho da Áustria, diz o diretor de concessões e privatizações do banco, Fábio Abrahão. A área inclui parques e florestas naturais de Estados, municípios e governo federal. Alguns são viáveis economicamente, outros poderiam se tornar ferramentas interessantes na busca de empresas por maior sustentabilidade.

Por se tratar de um setor novo e com ativos menores comparados a rodovias e aeroportos, por exemplo, todo o sistema e a tecnologia precisaram ser desenvolvidos. Além disso, diz Abrahão, era importante criar escala e montar uma carteira consistente de projetos para expandir uma indústria que no Brasil ainda engatinha.

“As modelagens são menores. Para gerar impacto, precisamos de escala e um padrão”, diz Abrahão, que trabalha em cima dessas concessões há um ano e meio. Isso significa criar uma carteira de projetos interessante para atrair investidores. Outra preocupação foi desenvolver uma modelagem que trouxesse benefícios para o entorno dos parques ou florestas. Ou seja, definir exigências que promovam a interação com a população e melhorias nas comunidades locais.

“O mercado de parques no Brasil é muito pequeno e pode se desenvolver bastante se usarmos como exemplo países como Estados Unidos, Canadá e África do Sul, onde essa indústria movimenta muita gente e recursos”, diz Abrahão. A primeira concessão modelada pelo BNDES vai ocorrer em 22 de março. Trata-se da licitação do Parque Nacional Foz do Iguaçu (PR), que tem como principal atração as Cataratas – considerada uma das sete maravilhas da natureza. No total, o BNDES tem 50 projetos em elaboração.

SUSTENTABILIDADE

Segundo o sócio da BF Capital, Renato Sucupira, exemplos de sucesso de alguns leilões já realizados, como o do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, podem incentivar a entrada de investidores na nova leva de licitações. Na concessão de Foz do Iguaçu, por exemplo, ele acredita que a disputa será acirrada.

Mas o executivo avalia que a carteira do BNDES inclui parques e florestas não rentáveis, o que exigirá uma modelagem diferenciada para atrair investidores. Além disso, ele cita áreas com vocação turísticas, como Lençóis Maranhenses, mas que têm desafios ligados ao tamanho do parque. “Como fazer entradas nessas áreas?”

O diretor do BNDES destaca que, se bem-feitas, essas concessões podem ser importante ferramenta para as empresas na prática de ESG. Ele explica que a carteira tem tanto projetos autossuficientes quanto aqueles que não param de pé financeiramente. “Mas, mesmo nesses, há interessados em colocar dinheiro a fundo perdido.”

São empresas que querem aliar suas marcas à sustentabilidade. Além disso, alguns fundos têm metas para investir em companhias com essas iniciativas. Outro motivo para investir nessas concessões está no avanço do mercado de carbono. Ter uma área degradada, que precisa ser recuperada e preservada, pode render créditos no futuro.

Mas esses ativos só devem ser colocados na praça mais para a frente.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/economia/brasil-deve-entrar-em-temporada-de-leiloes-de-concessoes-de-parques-e-florestas/

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Meio ambiente em foco no Porto de Ilhéus

O Porto de Ilhéus vem passando por modificações significativas nos últimos dois anos. Além da recepção de novos navios e abastecimento de novas cargas, que geram emprego e renda, com o aumento da movimentação portuária no município, está sendo implementado conjuntamente a este crescimento o Plano de Controle Ambiental (PCA), que conta com vários programas com ações voltadas para o meio ambiente, como o Programa de Educação Ambiental (PEA) desenvolvido pela equipe da Ecossis Soluções Ambientais.

Porto de IlhéusDentre as atividades do PEA, está o Projeto Meio Ambiente em Foco, uma ação realizada pela Companhia das Docas do Estado da Bahia (CODEBA) para estudantes do curso técnico Guia de Turismo e Hospedagem do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) do chocolate Nelson Schaun.

O Projeto propõe aos jovens estudantes a desenvolverem práticas de fotografia, visitas aos pontos turísticos de Ilhéus e debates sobre os aspectos relacionados à sociedade e sua relação com o meio ambiente.

Além disso, o Projeto tem como finalidade uma exposição fotográfica com os registros feitos pelos alunos durante os encontros. Ao todo, em 2021, foram quatro encontros, finalizando o Projeto com chave de ouro com a exposição das fotografias no Museu da Capitania, Centro de Ilhéus, e os alunos autores das melhores fotografias receberam premiações como forma de incentivo pelo trabalho realizado.

Em 2022, uma segunda edição do Projeto Meio Ambiente em Foco está prevista para iniciar em outubro, proporcionando para novos alunos a experiência de conhecer melhor a cidade, gerando para cada estudante a oportunidade de um novo olhar sob o meio ambiente que vivemos, incentivando o cuidado e a relação social com o mesmo.

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