Sego se inspira em origami para criar painel solar
Sego se inspira em origami para criar painel solar
A empresa norte-americana Sego buscou na arte japonesa de origami a inspiração para criar um modelo inovador de painel de captação de energia fotovoltaica. O resultado é um carregador portátil e dobrável, sustentado por um tripé, capaz de ampliar em oito vezes sua área de superfície.
O aparelho pode ser armazenado sob o banco dianteiro do automóvel ou carregado em uma pequena mochila. Criado para atender o mais aventureiro dos viajantes, suporta qualquer condição climática, é resistente à poeira e mantém sua estabilidade mesmo em terrenos acidentados ou sob ventos fortes.
Diferentes tamanhos se traduzem em potências de 20, 50, 100 ou 400 watts – os primeiros podem recarregar celulares, GPS e laptops, enquanto os mais potentes são capazes de fornecer a energia para alimentar geladeiras e aquecedores.
O produto é resultado de uma parceria entre a Sego e engenheiros da Nasa, e estará disponível para encomendas a partir do segundo trimestre de 2024.
Fonte: Um só Planeta
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“A gente só tem o planeta A, não tem o planeta B”
“A gente só tem o planeta A, não tem o planeta B. A preservação ambiental é uma parte importante da gente, porque se a gente não preservar, não vai conseguir viver no mundo. Temos que preservar para as coisas serem melhores”, diz Kelciane Pereira Oliveira, 15 anos, de Bequimão, no Maranhão (MA).
A adolescente é uma dos 120 integrantes do Núcleo de Cidadania de Adolescentes (Nuca) de Bequimão, Maranhão, conhecido como Coletivo Bora Ver, espaço onde discutem questões importantes sobre diversos temas, incluindo meio ambiente, preservação de nascentes e manguezais, implementam ações de educação entre pares, se engajam com outros adolescentes e levam suas reivindicações à gestão pública municipal. A ação faz parte da estratégia TEM Água, iniciativa do UNICEF voltada para contribuir com o acesso à água potável e ao saneamento, que inclui capacitação de municípios, trabalho em escolas e comunidades indígenas e povos tradicionais.
“Estou no Nuca há três anos e via que várias meninas de lá cursavam meio ambiente e eu fui me interessando. Via que era muito lindo estar ali, falando sobre meio ambiente e fazendo mutirões de limpeza. Isso me motivou a fazer o curso técnico em meio ambiente, no Instituto Federal de Educação do Maranhão (IFMA), de Pinheiro”, diz Kelciane.
Ela conta que o mutirão de limpeza do Nuca a fez refletir sobre ter mais consciência de preservação ambiental e descarte consciente. “As mudanças climáticas são problemas também causados pelo ser humano, e, como solução, o planeta depende das nossas mudanças de atitudes”, explica a adolescente.
“Gosto muito de estudar bacias hidrográficas, sustentabilidade, preservação ambiental e mudanças climáticas. Meu sonho é me formar em técnica do meio ambiente e trabalhar na área”, complementa Kelciane.
Pensar global para agir local
Para Wanderson Farias Privado, mobilizador do Nuca e articulador do Selo UNICEF de Bequimão, o trabalho com mudanças climáticas é transformador. “Quando eu discuto mudanças climáticas, não penso somente em mim, penso também nas outras pessoas. Quando planto uma árvore, a sombra e os frutos dela não servirão somente para mim, mas para outras pessoas e para futuras gerações”, diz.
“A preservação do meio ambiente se dá por meio dos mutirões de limpeza e das rodas de conversa para gerar o processo de conscientização desses adolescentes para o presente e futuro. Os mutirões ocorrem pelo menos duas vezes ao ano em diversos pontos da cidade, como no rio Itapetininga; a coleta dos resíduos sólidos é uma ação educativa para a cidade”, fala Wanderson.
Além dos mutirões de limpeza, são feitas ações individuais que estimulam novos comportamentos e cuidados pessoais, como a limpeza digital e mental em relação à informação que os jovens acessam diariamente. “A gente entende que o excesso de arquivos sobrecarrega o celular, por exemplo. Então, nesses momentos coletivos, apoiamos para que os jovens façam a exclusão de arquivos duplicados e obsoletos, como caches. O celular limpo vai consumir menos energia e consequentemente sobrecarregar menos o meio ambiente”, explica o mobilizador do Nuca.
“Limpeza mental é um tempo que você separa para meditar, ouvir música, dormir e relaxar. A preservação do meio ambiente, está diretamente interligada a preservação dos rios e manguezais, e o processo de conscientização não vem de fora para dentro; é um ato individual, que vem de dentro para fora. Por isso, é necessário pensar global para agir local”, finaliza Wanderson.
TEM Água
A estratégia TEM Água é uma iniciativa do UNICEF voltada para contribuir com o acesso à água potável e ao saneamento, que inclui capacitação de municípios, trabalho em escolas e comunidades indígenas e povos tradicionais. A estratégia tem como objetivo garantir ambientes mais seguros para crianças, adolescentes e famílias, bem como promover práticas de higiene em áreas urbanas e rurais, inclusive em situações de emergência. Para essa iniciativa, o UNICEF conta com a parceria estratégica da Fundação Salvador Arena.
Fonte: Unicef
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CMA aprova plano para avaliar Política de Saneamento Básico
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou nesta terça-feira (31) o plano de trabalho do senador Confúcio Moura (MDB-RO) para a avaliação da Política Nacional de Saneamento Básico, executada em 2023. O colegiado vai realizar audiências públicas, reuniões internas e colher documentos para que, até o dia 12 de dezembro, seja entregue e votado o relatório final.
De acordo com o plano aprovado, entre outros pontos que serão focados pelos senadores estão: abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, disponibilidade de serviços de drenagem e manejo das águas pluviais, tratamento, limpeza e fiscalização preventiva das redes e a articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza, de proteção ambiental e de promoção da saúde. Além disso, será avaliada a eficiência de politicas recém-criadas como o Marco Legal do Saneamento Básico (Lei 14.026, de 2020).
“A introdução de tal legislação deveria aperfeiçoar a atuação do Estado no desenvolvimento do saneamento básico em todo o território nacional, o que, se aconteceu, foi de maneira muito aquém do esperado, e necessitamos entender o porquê. Dados também evidenciam uma cruel relação de disparidade entre os índices de acesso aos serviços básicos de saneamento e o montante investido em cada região, o que deve ser averiguado com maior rigor, para buscarmos alcançar uma equidade na distribuição dos recursos e priorização das metas”, afirma Confúcio.
Ainda segundo dados levantados pelo senador, transcorridos 13 anos desde a sanção da Lei do Saneamento Básico (Lei 11.445, de 2007) e a atualizaçao da legislação com o Marco Legal do Saneamento Básico, o agravamento da pandemia de covid-19 evidenciaram a “lentidão dos principais indicadores” em relação ao tema no país. Ele apresentou informações do ranking anual do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), publicado em 2021, que indicam que mais de 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto, ou seja, 54,95% da população, quando a meta legal define 2033 como limítrofe para alcance da universalização dos serviços, garantindo pelo menos 91% com acesso ao tratamento e à coleta de esgoto.
Confúcio ainda registrou que cerca de 35 milhões de pessoas não possuem acesso à água tratada. Isso representa 84,13% da população, quando a mesma meta define alcance de 99% da população com esse acesso.
— Investir corretamente em saneamento aumenta a qualidade de vida da população e gera crescimento econômico. Daí a importância da contribuição do Senado Federal em avaliar, conforme suas atribuições regimentais, o desenvolvimento destas políticas públicas, pois já se extrapolaram os limites de tolerância cidadã para que os equívocos e disparidades sejam muito bem evidenciados e corrigidos, através de investimentos adequados e do aperfeiçoamento das ações. E, neste ponto: podemos, devemos e vamos contribuir — assegurou.
Entre alguns objetivos elencados pelo na análise da política pública senador estão: o mapear a realidade do país de acordo com o alcance, a eficácia e a efetividade dos investimentos e das ações governamentais de maneira regionalizada; compilar as demandas enfrentadas pelos gestores de cada região; evidenciar os equívocos na execução das políticas de saneamento; revisar os dispositivos legais quanto à aplicabilidade, funcionalidade e eficácia de sua vigência e orientar a correta revisão orçamentária relacionada às políticas de saneamento básico do país.
Fonte: Agência Senado
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Sustentabilidade Corporativa: um caminho sem volta!
Não é só contraintuitivo. O uso indiscriminado do ESG para a estratégia de descarbonização da economia tem um belo apelo para climate-washing. Por isso é necessário simplificar, contextualizar e aprofundar. Trazer complexidade aleatória para o debate beneficia quem não está comprado na agenda.
Sustentabilidade corporativa é, portanto, o resultado do avanço consistente das boas práticas modernas aplicadas de forma responsável dentro do ambiente corporativo por gestores comprometidos com a crise climática e o propósito de suas organizações. E ao advogado caberá sempre o papel essencial de qualificar o debate frente aos despropósitos.