COP30: perspectivas trazidas pelo diretor executivo da Ecossis
Durante a COP30, o diretor executivo da Ecossis, Gustavo Leite, acompanhou de perto debates centrais sobre a agenda climática global e destacou temas que dominaram as discussões técnicas, políticas e econômicas ao longo do encontro.
Segundo ele, um dos pontos mais sensíveis observados foi a dificuldade global em avançar na descarbonização. Embora exista consenso sobre a necessidade de reduzir a pegada de carbono e cumprir metas climáticas, Gustavo percebeu que a maior parte dos entraves está menos no campo técnico e mais no âmbito político e econômico, refletindo divergências de interesses e prioridades entre as nações.
Gustavo também apontou uma ausência de sensibilidade clara sobre os impactos que a falta de diretrizes climáticas concretas pode gerar no futuro. De acordo com ele, essa lacuna foi perceptível durante todo o evento e se confirmou com o desfecho dos documentos finais negociados em Belém.
Do ponto de vista técnico, um dos debates mais fortes girou em torno de padrões, frameworks e mecanismos de padronização internacional. Delegações discutiram intensamente a necessidade de criar regras claras e sistemas rastreáveis que permitam contabilidade ambiental unificada, especialmente para viabilizar o mercado global de carbono. Para Gustavo, esse tema foi um dos que mais exigiu atenção técnica dos participantes.
Entre as soluções apontadas como caminhos possíveis, destacou-se a criação de infraestruturas digitais globais de dados ambientais, com bases integradas capazes de permitir maior transparência, comparabilidade e governança. Embora tecnologias emergentes não tenham sido foco direto, Gustavo relata que soluções como biodiesel e sistemas digitais de rastreamento foram frequentemente mencionados.
Impactos para o futuro da Ecossis
Em sua avaliação, a COP30 reforçou tendências e confirmou escolhas estratégicas já adotadas pela Ecossis, especialmente no campo da rastreabilidade, confiabilidade das informações e uso de tecnologias como Blockchain para aprimorar processos ambientais.
Segundo Gustavo, participar da COP permite compreender “o que há de mais avançado e relevante no âmbito político e técnico global”, oferecendo insumos essenciais para o planejamento de longo prazo. Ele destaca que as percepções do evento ajudarão a orientar decisões estratégicas da empresa e levar aos clientes diretrizes ambientais alinhadas ao que há de mais atual no cenário mundial.
Gustavo Leite na COP30/ Novembro 2025