Categoria: Notícias de Mercado

Ecossis participa de reunião para discutir Economia Azul em Porto Alegre

A importância e potencial da chamada Economia Azul foi tema de reunião que contou com a participação do diretor executivo da Ecossis, Gustavo Leite, no dia 09 de agosto, na Procuradoria Geral de Justiça do RS. O encontro foi uma oportunidade para discussão e reflexão de estratégias e possibilidades para o progresso da economia azul em Porto Alegre.

Para Gustavo Leite, é preciso avançar na agenda e também estimular o envolvimento de outros setores neste esforço. “A utilização sustentável das vias navegáveis, aliada ao desenvolvimento com preservação, além das alternativas para o uso adequado do mar e rios e de seus recursos, são fundamentais na hora de se pensar em oportunidades de novos negócios”, destacou Leite.

O encontro contou com a presença do Procurador Geral de Justiça do RS Alexandre Saltz, da vereadora Fernanda Barth e sua chefe de gabinete Maria Eugênia Giulian e do assessor parlamentar e ex-vereador de Porto Alegre, Guilherme Paradeda.

Para vereadora Fernanda Barth a meta é clara. “Precisamos remover obstáculos que impedem o crescimento e impulsionar nossa cidade por meio do potencial das águas, gerando empregos, turismo náutico, tecnologia e sustentabilidade”, destacou.

 

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Hidrogênio verde pode ajudar o Brasil a cumprir meta de sustentabilidade

A transição energética é o principal instrumento para alcançar o compromisso de neutralizar as emissões de carbono até 2050, assumido por diversos países no Acordo de Paris.

Já não há mais dúvidas de que a passagem de uma matriz energética focada nos combustíveis fósseis, causadora do aquecimento global, para uma com baixa ou zero emissões de carbono, baseada em fontes renováveis, é uma estratégia fundamental no combate às mudanças climáticas e na garantia de um futuro mais sustentável.

E, entre as soluções que vêm alavancando este movimento global está o hidrogênio verde, produzido através de um processo chamado eletrólise da água, que demanda muita energia.

Atenta a este movimento a Eletrobras, maior companhia do setor elétrico da América Latina, vem realizando trabalhos pioneiros sobre hidrogênio verde, os quais geraram as primeiras toneladas do produto no País e está pronta para empregar o conhecimento adquirido nesse processo em projetos de grande porte.

O hidrogênio verde

Para ser considerado verde, sua geração deve utilizar energia de fontes renováveis, como a hidrelétrica, a eólica e a solar. O gás pode ser utilizado como combustível, ser reconvertido em energia elétrica por meio de uma reação eletroquímica que libera apenas água como subproduto, ser usado na produção de amônia, componente de fertilizantes de solo, e em muitas outras aplicações.

Um produto útil aos mais diversos setores econômicos, seja na geração de energia elétrica, uso como combustível industrial, matéria-prima na indústria de transformação, processos em refinarias e siderurgia, combustível para o transporte em geral e insumos da indústria do agronegócio.

E seu potencial, estima-se, é enorme. A Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA) e a consultoria McKinsey&Company projetam para 2050 uma demanda mundial de 600 milhões de toneladas de hidrogênio. O estudo aponta, ainda, que o Brasil em 2040 poderia atender a uma demanda interna de 9 milhões de toneladas e exportar até 4 milhões de toneladas para os Estados Unidos e Europa.

Eletrobras com o olhar para o futuro

Inovadora e determinada a contribuir com o desenvolvimento sustentável da sociedade, a Eletrobras acredita que o hidrogênio renovável, como também é conhecido o hidrogênio verde, é um vetor energético muito promissor para alcançar os objetivos de descarbonização e de segurança energética da matriz brasileira.

Neste sentido, uma das prioridades da companhia é a prospecção e o acompanhamento de projetos ligados a novas fontes limpas de geração de energia elétrica, com objetivo de transformar os estudos realizados em produtos ou serviços e, com isso, agregar vantagem competitiva.

Estamos estudando todas as rotas de descarbonização, ou seja: siderúrgica, fertilizantes, mobilidade pesada e eletricidade”, explica Victor Hugo Goes Ricco, gerente de E-Combustíveis da Eletrobras, que destaca o comprometimento da holding e de suas subsidiárias com a transição energética e com a sustentabilidade, a inovação e o avanço tecnológico.

Na Planta de Hidrogênio, localizada na usina hidrelétrica de Itumbiara (MG/GO), são realizados testes para avaliar a tecnologia de produção do gás hidrogênio por eletrólise, os custos de produção, operação e manutenção do empreendimento; a eficiência e durabilidade dos equipamentos; a qualidade do hidrogênio produzido e aspectos relacionados à reconversão do hidrogênio em energia elétrica. “Essa planta   bateu em fevereiro deste ano um recorde ao produzir a primeira tonelada de hidrogênio verde do Brasil. Hoje a produção acumulada – desde o início da operação há dois anos – passa de 2 toneladas”, conta Ricco.

Além da geração de energia para o mercado de hidrogênio verde, a Eletrobras vem estudando a cadeia do hidrogênio com geração, armazenamento, transporte e uso energético e não energético. As informações obtidas serão usadas no desenvolvimento de projetos de grande porte que poderão, inclusive, potencializar futuros negócios relacionados ao fornecimento desse produto para os setores industriais, transporte e agronegócio.

 

Fonte: CNN Brasil

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Marina diz que mudanças em licenciamento ambiental não podem ter flexibilização

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse nesta quarta-feira que eventuais medidas legislativas para alterar o processo de licenciamento ambiental no Brasil devem vir para aperfeiçoar o mecanismo, e não para flexibilizá-lo.

Em audiência na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados sobre a possibilidade de exploração de petróleo na foz do rio Amazonas, Marina também disse que o licenciamento ambiental e a legislação impõem limites ao uso de recursos para preservar o meio ambiente.

Fonte: Época Negócios

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Energias renováveis: transformando o consumo energético em casas e negócios

A crescente preocupação com o meio ambiente e o uso responsável de recursos está impulsionando a busca por soluções sustentáveis de consumo energético. Nesse contexto, as energias renováveis, especialmente a solar, ganham destaque. 

Este artigo explora a importância do inversor solar, tecnologia fundamental na conversão da energia solar em eletricidade utilizável. Investigaremos como os inversores solares remodelam o consumo de energia em residências e estabelecimentos comerciais, destacando seus benefícios econômicos e ambientais.

Ao compreender essa revolução energética, poderemos vislumbrar um futuro mais sustentável e consciente.

Energia solar: uma fonte renovável promissora

O cenário energético global está passando por uma mudança significativa, à medida que a busca por fontes de energia limpa e sustentável ganha destaque. A energia solar emerge como uma solução promissora para atender a essa demanda crescente. 

A abundância e a disponibilidade da luz solar tornam essa fonte uma opção viável e renovável. A energia solar tem o potencial de reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.

A adoção crescente da energia solar não está limitada apenas a empresas e governos, mas também se estende a proprietários de residências. A capacidade de gerar eletricidade a partir da luz do sol não apenas reduz os custos de energia a longo prazo, mas também permite que indivíduos e organizações se tornem parte da solução para os desafios energéticos e ambientais que enfrentamos.

Ao adentrar no mundo da energia solar, entramos em uma jornada em direção a um futuro mais limpo, sustentável e independente das fontes de energia não renováveis.

Funcionamento dos sistemas de energia solar

Para compreender como os inversores solares desempenham um papel vital na transformação da energia solar em eletricidade utilizável, é essencial entender o funcionamento básico dos sistemas de energia solar. Esses sistemas consistem em painéis solares fotovoltaicos, que capturam a luz do sol e a convertem em corrente contínua (CC).

No entanto, a maioria dos aparelhos elétricos e sistemas elétricos convencionais operam com corrente alternada (CA). É aqui que entram os inversores solares. Esses dispositivos têm a tarefa crucial de converter a corrente contínua gerada pelos painéis solares em corrente alternada, que é compatível com a rede elétrica e os dispositivos que utilizamos diariamente.

Os inversores solares não apenas realizam essa conversão, mas também monitoram o sistema de energia solar, otimizando o desempenho e a eficiência. Eles garantem que a energia gerada seja entregue de maneira uniforme e constante, tornando possível a utilização eficaz da energia solar para alimentar nossas necessidades energéticas.O papel crucial dos inversores solares

Os inversores solares desempenham um papel crucial na jornada da energia solar, transformando-a de uma fonte de luz abundante em eletricidade prática e utilizável. Existem vários tipos de inversores solares, cada um com suas características e aplicações específicas.

Inversores de string: Estes são amplamente usados em sistemas de energia solar residenciais e comerciais de pequena escala. Eles conectam vários painéis solares em série, convertendo a corrente contínua em corrente alternada para alimentar a rede elétrica. Os inversores de string são eficazes para sistemas onde os painéis estão expostos a condições semelhantes de sombreamento e inclinação.

Microinversores: Cada painel solar é equipado com um microinversor, que converte a corrente contínua em corrente alternada logo na fonte. Isso permite um controle independente de cada painel, otimizando o desempenho e a eficiência, mesmo em condições de sombreamento ou inclinações diferentes. Os microinversores são ideais para sistemas onde a eficiência individual de cada painel é crucial.

Independentemente do tipo, os inversores solares têm a função essencial de garantir que a energia gerada pelos painéis solares seja compatível com as necessidades de energia de uma residência ou empresa. Eles tornam possível utilizar a energia solar de maneira prática e eficiente, reduzindo a dependência de fontes de energia convencionais.

Economia de energia e redução de custos

A integração de inversores solares em sistemas de energia solar oferece uma série de benefícios econômicos para proprietários de residências e empresas. Uma das vantagens mais visíveis é a economia de energia significativa que os sistemas de energia solar podem proporcionar. Ao gerar eletricidade a partir da luz solar, os proprietários podem reduzir drasticamente suas contas de energia, especialmente a longo prazo.

Além da economia direta nas contas de energia, muitos governos e jurisdições oferecem incentivos financeiros, créditos fiscais e programas de reembolso para aqueles que investem em sistemas de energia solar. Esses incentivos podem reduzir ainda mais os custos iniciais da instalação dos sistemas de energia solar, tornando-os ainda mais acessíveis.

Os inversores solares, ao garantir a eficiência da conversão da energia solar, contribuem para maximizar a quantidade de eletricidade gerada pelo sistema. Isso se traduz em maior economia ao longo do tempo, permitindo que proprietários residenciais e empresariais colham os benefícios financeiros da energia solar de maneira sustentável.

Sustentabilidade e contribuição ambiental

A adoção de inversores solares e sistemas de energia solar vai além dos benefícios econômicos e se estende para a esfera ambiental. Ao gerar eletricidade a partir de uma fonte limpa e inesgotável, os sistemas de energia solar com inversores solares contribuem significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para a diminuição da pegada de carbono.

A utilização da energia solar diminui a dependência de combustíveis fósseis, que são finitos e têm impactos ambientais significativos. Isso ajuda a conservar os recursos naturais e a preservar os ecossistemas. A energia solar não produz poluentes atmosféricos ou resíduos tóxicos, o que é crucial para a saúde do planeta e de seus habitantes.

Ao escolher incorporar inversores solares em sistemas de energia solar, os indivíduos e as empresas não apenas economizam dinheiro, mas também desempenham um papel ativo na transição para um futuro mais limpo e sustentável. Eles estão contribuindo para a preservação do meio ambiente e para a criação de um legado de responsabilidade ecológica para as gerações futuras.

Desafios e considerações na escolha de inversores solares

Embora os inversores solares tragam inúmeros benefícios, é importante reconhecer que existem desafios e considerações a serem ponderados ao escolher o sistema certo. Um dos desafios comuns é a eficiência do sistema, especialmente em condições de sombreamento ou variações de temperatura. Escolher o tipo correto de inversor, como os microinversores que otimizam o desempenho individual dos painéis, pode mitigar esses desafios.

Outro aspecto é a escolha da capacidade de potência do inversor. Selecionar um inversor com potência inadequada pode resultar em subutilização dos painéis solares ou, ao contrário, em sobrecarga do sistema. Uma avaliação precisa da capacidade de energia necessária é essencial para evitar esses problemas.

É fundamental escolher inversores solares de alta qualidade e confiabilidade. A durabilidade e o suporte técnico oferecidos pelo fabricante desempenham um papel vital na eficácia a longo prazo do sistema de energia solar.

Ao enfrentar esses desafios, é aconselhável contar com a orientação de profissionais especializados em energia solar e inversores. Isso garante a escolha correta do sistema de energia solar e dos inversores solares que atendam às necessidades específicas de residências e empresas.

Casos de sucesso e exemplos práticos

A implementação bem-sucedida de sistemas de energia solar com inversores solares é comprovada por uma série de casos de sucesso em todo o mundo. Vamos explorar alguns exemplos práticos que ilustram como essa tecnologia está transformando residências e empresas em fontes de energia limpa e sustentável.

 Residência familiar em subúrbio verde: Uma família em um subúrbio adotou um sistema de energia solar com microinversores. Ao otimizar o desempenho de cada painel, eles conseguiram gerar eletricidade suficiente para cobrir sua demanda de energia. Isso resultou em uma redução significativa nas contas de energia e em uma pegada de carbono mais baixa.

 Hotel sustentável: Um hotel voltado para a sustentabilidade investiu em um grande sistema de energia solar com inversores de string. A energia gerada não apenas supriu a demanda do hotel, mas também alimentou a rede elétrica local. Isso permitiu que o hotel ganhasse créditos de energia, contribuindo para a economia financeira e para a promoção da energia limpa na comunidade.

 Fábrica eficiente em energia: Uma fábrica adotou um sistema de energia solar com inversores solares como parte de sua estratégia de eficiência energética. Além de reduzir os custos operacionais, a fábrica reduziu sua dependência de fontes de energia não renováveis, demonstrando o potencial de transformar a indústria através da energia solar.

 Conclusão

Ao percorrer as nuances dos inversores solares e sua integração com sistemas de energia solar, testemunhamos a transformação energética em ação. Essa tecnologia não apenas impulsiona a economia de energia e a redução de custos, mas também desempenha um papel crucial na promoção da sustentabilidade ambiental.

 Os inversores solares capacitam indivíduos, famílias e empresas a se tornarem produtores de energia limpa, contribuindo para um futuro mais consciente e responsável.

 À medida que mais residências e empresas adotam sistemas de energia solar com inversores solares, podemos vislumbrar um cenário energético mais resiliente e sustentável. A revolução energética está em andamento, e os inversores solares são um componente vital dessa jornada rumo a um amanhã mais limpo e brilhante.

 

Fonte: Clic Noroeste

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Brasil pode unir preservação ambiental e crescimento econômico, diz Marina Silva Fonte: Agência Senado

O Brasil tem o desafio e a oportunidade de integrar, numa mesma equação, a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico, disse nesta quarta-feira (23) a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, em audiência pública. Durante quase quatro horas de debate na Comissão de Meio Ambiente (CMA), Marina Silva tratou, com a equipe de sua pasta, de temas locais e nacionais, como a questão fundiária, a exploração de petróleo, a Conferência do Clima em Belém e o apelo por “justiça climática” quando se trata das mudanças climáticas. Requerida pela presidente da CMA, senadora Leila Barros (PDT-DF), e pelo senador Marcio Bittar (União-AC), a reunião serviu para a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, apresentar as políticas e prioridades da pasta.

Marina Silva observou que, diante da realidade das mudanças climáticas, assumiu a pasta do Meio Ambiente em contexto mais complexo do que há 20 anos, quando tomou posse pela primeira vez como ministra, no primeiro governo Lula.

Estamos novamente fazendo um esforço de olhar para a gestão pública, não com o olhar apenas de uma gestão, ou de um governo, ou de um partido. Mas com o olhar de quem pensa a governança ambiental brasileira. Temos trabalhado muito para que o Brasil faça jus às potências que ele é. Uma potência ambiental, uma potência agrícola e uma potência hídrica. E graças a essas qualidade temos imensas vantagens comparativas que devem ser transformadas em vantagens competitivas. Mas talvez agora tenhamos que pensar em vantagens comparativas e vantagens distributivas — disse Marina Silva, salientando que a política ambiental se dirige prioritariamente às populações vulnerabilizadas pela destruição do meio ambiente e pelas mudanças climáticas.

Economia verde

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) observou que a pauta ecológica é um direito constitucional e ponderou ser possível a discussão ambiental “andar de mãos dadas com economia e tributação verdes”. O parlamentar destacou que o racismo ambiental é uma realidade no Brasil e considerou medidas como o reforço da fiscalização e o investimento em educação fundamentais para aperfeiçoar o debate ambiental.

Marina declarou que quando assumiu o ministério pela primeira vez, não se tinha a clareza atual sobre questões como a gravidade da perda de biodiversidade, da mudança do clima, da importância das florestas para equilíbrio ambiental do planeta, bem como do papel dos povos originais. A ministra destacou também um “imperativo ético” de se acabar com a oposição entre economia e ecologia, transformando os dois temas numa mesma equação.

— Os efeitos indesejáveis da mudança do clima afetam, de forma muito mais perversa, as populações vulnerabilizadas. Mas a ciência ganhou o primeiro round. O Brasil inova no enfrentamento desses problemas. Conceitos novos, como o de justiça climática e o de racismo ambiental passaram a integrar o debate da opinião pública nacional e internacional, sendo uma base de realidade — disse Marina Silva.

Mudanças climáticas

A senadora Teresa Leitão (PT-PE), que endereçou pergunta sobre as políticas em favor do bioma da Caatinga, elogiou a ministra pelo “conteúdo apresentado”, a “profundidade” e a “riqueza da abordagem”, sobretudo por relacionar preservação do meio ambiente com “justiça climática”.

— Mudanças climáticas não podem mais ser vistas como ‘naturais’, mas estão relacionadas a justiça climática e racismo ambiental — disse a senadora, sublinhando a fala de Marina.

Leila Barros, presidente da CMA, por sua vez, destacou o clima sereno do debate, em que senadores questionaram a chefe da pasta sobre assuntos considerados polêmicos.

— Foi uma excelente audiência, com todos de coração aberto, tirando dúvidas. Que a ministra Marina, com sua competência, venha mais vezes a esta Casa, com um ambiente cada vez menos tenso e sem dicotomias, porque todos aqui estão muito interessados nisso — disse Leila Barros ao conduzir os trabalhos.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) defendeu o aumento do protagonismo social na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP-30), destacando que a 30ª edição do evento acontece em novembro de 2025, em Belém (PA). A parlamentar reconheceu os desafios da pauta ambiental e defendeu a união em favor das políticas dessa área que, na visão dela, devem acontecer de modo transversal.

Regularização fundiária

O senador Beto Faro (PT-PA) considerou necessário reforçar a discussão de temas como desenvolvimento sustentável e aprofundar o entendimento sobre outros temas ainda tratados como tabus, a exemplo de regularização fundiária, “sem a qual não é possível responsabilizar eventuais criminosos”. O parlamentar quis saber qual a capacidade efetiva da pasta para a manutenção de programas como o Bolsa Verde e pediu que o ministério contribua com o apontamento de medidas legislativas que podem ajudar a diminuir a pobreza na Amazônia.

Marina ressaltou que ações em favor da agricultura familiar e em defesa dos povos tradicionais têm sido desenvolvidos pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com outros ministérios, como o dos Povos Indígenas. Ela disse que o Bolsa Verde é um pagamento por serviço ambiental, no valor de R$ 600, concedido a cada três meses, e cujos processos de execução foram retomados pelo atual governo. Ela também mencionou recursos da ordem de R$ 92 milhões para Fomento Rural.

Quanto à regularização fundiária, a ministra observou que muitas vezes é possível “legalizar”, mas o problema é que a natureza muitas vezes “não assimila” os danos que lhe foram causados.

Petróleo

Em resposta ao senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), Marina disse que a recente negativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a exploração de petróleo pela Petrobras na Foz do Amazonas, na costa do Amapá, teve caráter estritamente técnico. Segundo a ministra, a decisão teve base em um relatório que apontou como insuficientes as propostas de mitigação dos desgastes ambientais e as medidas que seriam tomadas para evitar desastres, em casos de perda de controle. Ela lembrou também

— O Ibama não dá licenças políticas, mas técnicas. Ele não facilita, nem dificulta. Ninguém discute com a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] sobre um remédio ser tóxico ou não. A gente olha para o que a ciência está dizendo — afirmou a ministra, lembrando que o órgão concedeu centenas de autorizações à Petrobras recentemente e que a exploração de petróleo na região ainda é objeto de estudos.

Ela sublinhou ainda que o governo Lula incluiu no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) projetos em estudos, como a própria a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, a construção da Ferrogrão, também mencionada por Zequinha Marinho, e as obras da rodovia 319, igualmente na Região Norte. Marina também respondeu a Zequinha que chamada bioeconomia não é criação recente, mas está presente desde sempre, tendo ela própria sobrevivido por meio do extrativismo, num seringal no Acre. O problema, disse, reside no fato de a bioeconomia ainda ser subfinanciada.

Poluição de rios

O senador Cleitinho (Republicanos-MG) mencionou os crimes ambientais que ocorrem com a poluição de rios e nascentes e apontou como injusta a cobrança da taxa de tratamento de esgoto em muitas cidades onde o serviço é praticamente inexistente. Ele pediu apoio do Ministério do Meio Ambiente para uma ação a ser apresentada pelo parlamentar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que a manutenção da taxa passe a ser considerada inconstitucional.

—Daí essas empresas [responsáveis pelo saneamento] vão tomar vergonha, e os brasileiros vão parar de pagar por um serviço que não existe — asseverou.

Em resposta, Marina Silva considerou necessário tratar de modo separado a coleta do lixo e a falta de tratamento do esgoto. Ela se disponibilizou a aprofundar esse debate junto aos parlamentares, afirmando que essa agenda é formada por um “tripé fundamental”, que envolve proteger a saúde das pessoas e a educação, além da possibilidade de ser um vetor de emprego e renda para a população.

“Ogronegócio”

Em resposta à senadora Tereza Cristina (PP-MS), que quis saber se Marina Silva seria favorável a mudanças no Código Florestal, a ministra respondeu que “é hora de implementar a lei e não de se promover alterações no texto”.

Marina fez distinção também entre o agronegócio e o “ogronegócio”, que age de forma alheia à legislação, com desmatamento ilegal, e não representaria de fato o setor agrário. Tereza Cristina pediu que a ministra não volte a usar o termo, por considerar a metáfora ofensiva ao agronegócio que é, conforme disse, um setor que alimenta o Brasil.

A ministra disse que a metáfora é necessária para entender a diferença, explicando que a palavra “ogro” se referia a “negócio”, opondo-se ao verdadeiro agronegócio. Ela disse ter se referido à parte do setor “que paga alto preço em relação aos contraventores”.

— São 2% que prejudicam o conjunto da obra. Então, existem o agronegócio e o ogronegócio, ao qual me referi. Não vamos generalizar nem o bem, nem o mal. Não temos compromisso com o erro, e o que é certo vamos querer aprofundar cada vez mais — declarou Marina Silva.

Resíduos sólidos

O senador Giordano (MDB-SP) chamou atenção para o trabalho de coleta e reciclagem de lixo. Ele destacou que os aterros sanitários “lucram milhões e milhões” em São Paulo e que os catadores não participam dessa riqueza.

Giordano também pediu apoio da pasta do Meio Ambiente para lidar com um “navio-bomba”, que representa risco para a população, pois em breve deve atracar junto ao litoral de Santos (SP). Em resposta, o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco, explicou que o navio de regazificação de gás natural liquefeito é da empresa Comgás, e que, de acordo com lei aprovada recentemente pelo Congresso, esse licenciamento compete ao estado de São Paulo, especificamente à Cetesb, órgão ambiental local.

Tainha

O senador Jorge Seif (PL-SC) criticou as ONGs ambientais e reclamou da limitação, pelo Ministério do Meio Ambiente, das cotas para a pesca da tainha — em especial a industrial — no litoral de Santa Catarina. Segundo ele, a restrição prejudica a economia do estado, no qual a pesca tem muito importante. Em resposta, Marina disse que nem sempre determinadas cotas garantem a sobrevivência das espécies, e que elas por isso podem ser reduzidas. Capobianco explicou que foram seguidas orientações técnicas sobre a pesca da tainha e que houve acerto, pois os pescadores artesanais catarinenses obtiveram ótimos resultados. Além disso, já há um grupo de trabalho com o Ministério da Pesca para se definir a pesca da tainha na próxima safra e as perspectivas seriam boas.

O senador também tratou da permissão da caça ao javali, espécie exótica que tem prejudicado plantações e florestas. Segundo Seif, o Ibama tem impedido a caça. Marina respondeu que a introdução de espécies exóticas de fato provocam graves danos ambientais, como é o caso do javali. E, juntamente com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, explicou que a atribuição de autorizar a caça nesse caso já não pertence ao órgão ambiental, mas ao Exército Brasileiro.

— O javali é um problema, uma espécie híbrida, está espalhado por diversos estados brasileiros. As autorizações [de caça] vigentes continuam mantidas. Não cassamos as autorizações anteriores, mas […] o Decreto 1.615, de 21 de julho 2023 passou as autorizações para o Exército Brasileiro. Estamos em tratativas para que a gente possa resolver essa questão — disse Rodrigo Agostinho.

Roraima

Ao senador Chico Rodrigues (PSB-RR), que tratou das áreas disponíveis para a produção agrícola e das áreas de preservação permanente em Roraima, Marina Silva disse que trabalhará “até o último dia” para que a população de Roraima possa desfrutar do crescimento econômico proporcionado justamente pela bioeconomia, em razão da preservação de sua cobertura florestal. Marina defendeu compensação financeira e regularização do mercado de carbono, mencionando também as alternativas de manejo florestal e de aumento da produção, não pela expansão das áreas para produção agrícola, mas pela maior eficiência.

Cerrado

Leila Barros destacou a relevância das articulações para o sucesso das ações do ministério, em defesa dos biomas nacionais e contra atividades de grilagem em regiões como o Distrito Federal. A senadora considerou a área “a caixa d’água do país”, que precisa ser preservada.

Marina reconheceu a necessidade de cuidar da região e disse que muitas ações de desmatamento são legalizadas. Ela afirmou, no entanto, que essas licenças ambientais devem ser revisitadas, principalmente para a implementação do Plano de Combate ao Desmatamento do Cerrado, por exemplo. Segundo a ministra, uma das diretrizes do ministério é o fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente, em conjunto com os estados.

Adiamentos

Participaram da audiência o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, a secretária do Clima, Ana Toni, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e André Lima, secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental.

Ao agradecer aos senadores pela reiteração do convite para a audiência pública da CMA, Marina Silva disse que adiou o comparecimento à comissão, nas três vezes antes agendadas, em razão de reunião com o presidente da República, posteriormente, por problema de saúde e, em seguida, por atividade intensa em virtude da Semana de Meio Ambiente.

Fonte: Agência Senado

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Dia da Amazônia: o que é e para que serve a data?

A data de 5 de setembro marca a comemoração nacionalmente do Dia da Amazônia, bioma que está entre os mais ricos e essenciais para a vida no mundo, e que ocupa boa parte do território brasileiro na região norte.

No Brasil, a data comemorativa foi instituída pela lei 11.621, de 2007, e a escolha do dia não foi aleatória. Trata-se de uma referência à criação da Província do Amazonas, em 5 de setembro de 1850, na época em que o Brasil era governado pelo imperador Dom Pedro II, como informa o site do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Antes da criação da província, o que hoje é o estados do Amazonas era chamado de capitania de São José do Rio Negro e fazia parte da Província do Grão-Pará, um grande espaço territorial que também abrangia outros estados atuais do Norte.

Mais do que celebração, o Dia da Amazônia também promove a reflexão

A data tem sido utilizada por ambientalistas, pesquisadores e ativistas como uma forma de reforçar a necessidade da conservação dessa grande riqueza natural.

De acordo com dados retirados do site do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, a importância da Amazônia para o equilíbrio climático e a sobrevivência de diversas espécies é inegável e comprovada cientificamente.

O órgão oficial brasileiro traz ainda alguns dados importantes sobre a Amazônia:

  • A Amazônia possui cerca de 5 milhões de km² de floresta e se estende ao longo de outros oito países além do Brasil. São eles: Colômbia, Peru, Bolívia, Venezuela, Equador, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (território pertencente à França);
  • A Amazônia é tão extensa que, se fosse um país, seria o sétimo maior do mundo;
  • A bacia hidrográfica amazônica possui cerca de 20% de toda a água doce do planeta (e 80% das águas superficiais do Brasil);
  • A Amazônia possui mais de 400 espécies de anfíbios; 1.300 e aves e mais de 400 mamíferos;
  • Estima-se que existam milhões de espécies animais e vegetais no bioma – muitas ainda não foram descobertas ou catalogadas pela ciência;

Tamanha grandiosidade, no entanto, tem enfrentado muitas ameaças, como desmatamento, queimadas, tráfico de espécies, garimpo ilegal e ataques aos povos indígenas.

Em reportagem de National Geographic publicada em 2021 é possível ver a simulação de um futuro para sem a Amazônia, o que acarretaria incêndios florestais encobriram todo o globo e é preciso usar máscara de oxigênio para respirar ao ar livre.

Nessa realidade simulada abordada pela reportagem, o leitor pode conversar com uma inteligência artificial que está no ano 2030. A experiência interativa serve como uma alerta para a necessidade de ações de preservação da Amazônia em curto, médio e longo prazo.

Fonte: National Geographic

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Agência Internacional de Energia diz que “início do fim” da era dos combustíveis fósseis se aproxima

Mesmo com entidades como o Banco Mundial ainda despejando milhões de dólares em investimentos em combustíveis fósseis em todo o mundo, a Agência Internacional de Energia (AIE) projetou pela primeira vez que o consumo destes combustíveis atingirá o pico antes de 2030 e entrará em declínio permanente à medida que as políticas climáticas entrarem em vigor. Segundo um relatório sobre perspectivas energéticas da AIE, que deverá ser publicado no próximo mês, a procura mundial por petróleo, gás e carvão começará a diminuir nesta década, no que será o “início do fim” da era dos combustíveis fósseis.

Fatih Birol, chefe da AIE, escreveu no Financial Times nesta terça-feira (12) que as projeções mostrariam que “o mundo está à beira de um ponto de viragem histórico”. “Os picos para os três combustíveis fósseis são uma visão bem-vinda, mostrando que a mudança para sistemas energéticos mais limpos e seguros está acelerando e que os esforços para evitar os piores efeitos das alterações climáticas estão fazendo progressos”, escreveu ele.

Birol disse que o pico mais cedo do que o esperado para os combustíveis fósseis foi impulsionado principalmente pelo “crescimento espetacular” das fontes de energia limpa, incluindo a energia solar e os veículos elétricos. Ele também destacou as mudanças estruturais na economia da China – que vem se afastando das indústrias pesadas com uso intensivo de energia – e a transição acelerada da Europa para longe do gás natural após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

No entanto, Birol disse que o ritmo atual de redução dos combustíveis fósseis “não é suficientemente acentuado para colocar o mundo no caminho de limitar o aquecimento global a 1,5ºC” – o que é considerado crucial para evitar uma catástrofe climática. “Isso exigirá uma ação política significativamente mais forte e mais rápida por parte dos governos”, afirmou.

Fonte: Um Só Planeta

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Planejar a infraestrutura é um caminho para a sustentabilidade

O planejamento em infraestrutura é fundamental para lidar com as mudanças climáticas e buscar a sustentabilidade a longo prazo, principalmente em países em desenvolvimento como o Brasil. Essa foi a tônica da apresentação do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) na abertura do XX Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas (SINAOP), evento que reúne auditores e auditoras de tribunais de contas de todo o país ao longo desta semana em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.

O UNOPS esteve representado pela especialista em regulação Patrícia Valente. Ela trouxe à plateia dados de um estudo do UNOPS feito em parceria com a Universidade de Oxford: 79% de todas as emissões de gases de efeito estufa vêm da infraestrutura, que também será responsável por 88% de todos os custos de adaptação – números que se tornam ainda mais significativos quando se considera o gargalo do setor na América Latina e no Caribe.

Patrícia frisou que o cenário exige ainda mais esforços para transparência e governança, de modo a maximizar a utilização dos recursos públicos, um tema que também já foi destacado em artigo publicado pelo Diretor Executivo do UNOPS, Jorge Moreira da Silva. A especialista também apontou que os projetos devem ter as pessoas e suas necessidades como foco, levando em conta, ainda, as muitas diversidades existentes na população. Ela explicou que:

“Muitas obras no Brasil acabam sendo paralisadas por conta de um planejamento inadequado. E, em várias situações, isso ocorre pela falta de escuta das comunidades do entorno e/ou que serão beneficiadas pelo ativo de infraestrutura. Garantir processos de participação e compreender a realidade das pessoas ajuda a evitar esse problema e, consequentemente, a fazer um melhor investimento dos recursos, sempre tão escassos.”

Como exemplo de boa iniciativa, a advogada falou sobre o QualiREG, o Programa de Aprimoramento da Qualidade da Regulação Brasileira, projeto da Controladoria-Geral da União em parceria com o UNOPS e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Desde 2019, 42 agências reguladoras (boa parte delas voltadas para a área de saneamento) já passaram pelo programa, tendo acesso a um diagnóstico sobre sua maturidade institucional e a consultorias personalizadas para melhoria de processos.

PPPs com foco em pessoas

Ainda na temática do planejamento, o UNOPS esteve, na semana passada, no Connected Smart Cities 2023, em um painel que tratou do tema no contexto de cidades sustentáveis e tecnológicas. A coordenadora de Parcerias Público-Privadas (PPPs) do UNOPS, Isadora Schetinger, trouxe para o debate a abordagem de “People First PPPs”, estabelecida pela Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (UNECE). Ela destacou que:

“As PPPs têm vantagens com relação a modelos tradicionais de contratação, mas fazer PPP por si só não é suficiente, pois a modelagem usualmente é focada nos ganhos financeiros. Com essa nova abordagem, a estruturação de projetos de infraestrutura coloca as pessoas no centro das iniciativas, principalmente as que se encontram em situação de vulnerabilidade econômica e social. Afinal, para que uma cidade seja efetivamente inteligente, é preciso ir além das inovações e da conectividade e garantir que isso de fato esteja a serviço das pessoas.”

Fonte: ONU

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Plataforma auxilia empresas a fazerem autodiagnóstico sobre práticas sustentáveis

Uma plataforma online auxilia empresas a fazerem um autodiagnóstico sobre o grau de adoção de práticas sustentáveis e de economia circular. A Rota de Maturidade em Economia Circular é uma ferramenta gratuita desenvolvida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) a partir de estudos do Centro de Pesquisa em Economia Circular da Universidade de São Paulo (InovaUSP), com apoio da consultoria Upcycle.

A partir do cadastro e do diagnóstico da empresa na plataforma, são geradas recomendações de boas práticas para aumentar o nível de sustentabilidade do empreendimento. Segundo o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, a ferramenta pode ajudar a aumentar a competitividade da empresa no mercado.

“Primeiro que ela pode ser vista como uma ferramenta de gestão. A economia circular vai trazer um viés de competitividade para o setor industrial, a partir de várias vertentes, dentre elas uma redução de custo. Então, é uma oportunidade para aquelas empresas, que desejam se inserir dentro de cadeias globais de valor, possam identificar onde elas precisam melhorar: se é em um trabalho de eficiência, em um ecodesign, em uma gestão de resíduos.”

Como usar a plataforma

  1. O primeiro passo é acessar a Rota de Maturidade em Economia Circular e fazer um cadastro do CNPJ;
  2. Em seguida, é preciso responder os questionários, que podem ser sobre toda a empresa, uma unidade, um modelo de negócio ou um produto;
  3. Após o diagnóstico dos dados fornecidos, é gerado um relatório customizado para cada usuário, com as recomendações sugeridas para aprimorar as práticas sustentáveis.

Avaliação

A ferramenta oferece quatro módulos de avaliação, que analisam as etapas e os aspectos do processo produtivo, desde o planejamento até o pós-venda. São eles:

  • Gestão estratégica: que analisa as atividades de planejamento, execução e monitoramento e se os conceitos da economia circular são compartilhados entre os colaboradores e parceiros;
  • Planejamento da solução: que é focado nos processos de desenvolvimento de produtos e serviços da empresa, incluindo pesquisa, desenvolvimento e inovação;
  • Gestão de recursos: que avalia a aplicação de recursos financeiros e energéticos para que haja conservação dos recursos naturais e mínima emissão de poluentes;
  • Produção e Entrega da Solução: que avalia a aplicação de tecnologias, monitoramento e manutenção de operações circulares e como é feita a entrega aos clientes.

A economia circular promove um melhor aproveitamento dos recursos naturais durante o processo produtivo por meio do reúso e da reciclagem, o que estimula a diminuição da dependência por matérias-primas virgens e a redução da emissão de gases de efeito estufa.  Segundo Davi Bomtempo, a prática é um dos pilares estratégicos da CNI rumo à transição para uma economia de baixo carbono.

“Dentro desse contexto, trabalhamos muito a parte de políticas públicas, seja na construção de um texto de consenso do setor industrial dentro do Congresso Nacional, seja na construção de uma norma internacional no âmbito da ISO [Organização Internacional de Normalização, na sigla em inglês]. De certa forma a gente precisa também entender a nossa base, enxergar como que o setor industrial entende e desenvolve a economia circular e por isso que foi desenvolvida essa ferramenta.”

Fonte: Brasil 61

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Comissão de Desenvolvimento Urbano vai debater marco regulatório do saneamento básico

A Comissão de Desenvolvimento Urbano vai realizar audiência pública na quinta-feira (21) para discutir o marco regulatório do saneamento básico. Entre os convidados para participar do debate estão a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho.

O  requerimento para a realização da audiência foi apresentado pelo deputado Max Lemos (PDT-RJ). Ele considera que a reunião servirá para discutir os benefícios da regulamentação do saneamento básico; engajar a sociedade no processo de tomada de decisão;  fomentar a troca de informações entre governo, especialistas da área de saneamento, organizações não governamentais e a população em geral; e reforçar a transparência no setor.

“Ao promover o engajamento público, o esclarecimento e o diálogo entre os setores, estamos trabalhando juntos para criar regulamentações sólidas que beneficiem a todos e contribuam para um futuro mais saudável e próspero”, definiu Max Lemos.

A audiência está marcada para as 9 horas no plenário 16.

Fonte: InfoMoney

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