Ano de inicio: 2021
Status: ATIVO
Tipo de empreendimento: Comércio e Serviços
Localização: Rio de Janeiro Estado: RJ
Ano de inicio: 2021
Status: ATIVO
Tipo de empreendimento: Comércio e Serviços
Localização: Rio de Janeiro Estado: RJ
Serviços Executados
A Ocean Safer Monitoramento Ambiental Ltda contratou a Ecossis Soluções Ambientais, em maio de 2021, para realização do Plano de Manejo de Fauna Oleada simplificado, elaborado para resposta a derrames de óleo na área de influência do naufrágio da embarcação Avalon na baía de Sepetiba, no Estado do Rio de Janeiro. A ação ambiental foi formatada em acordo com o Plano Nacional de Ação de Emergência para Fauna Impactada por Óleo (PAE-Fauna) e o Manual de boas práticas – Manejo de fauna atingida por óleo do IBAMA/MMA.
O objetivo do Plano desenvolvido pela equipe técnica da Ecossis foi estabelecer os procedimentos para o manejo de fauna, definir equipes e estruturas mínimas, além das instalações necessárias para o recebimento dos animais atingidos no incidente de poluição por óleo.
Ficou definido que a equipe resposta para o atendimento das ações seria composta por um responsável técnico com formação em medicina veterinária, um supervisor organizacional de nível superior e um especialista em fauna (biólogo), preferencialmente com experiência em resgate e manejo de fauna oleada. A equipe poderia contar ainda com voluntários capacitados e devidamente treinados.
Para a Ecossis, o treinamento especializado é importante para garantir que haja um entendimento comum dos princípios que norteiam a resposta à fauna oleada para garantir as responsabilidades individuais e de grupo. Desta forma, todas as equipes passaram por treinamentos, e os que exercem funções de chefia, coordenação ou liderança deveriam possuir ainda treinamento em Sistema de Comando de Incidentes (SCI ou ICS). Ficou definido que todos os treinamentos deverão ocorrer concomitantemente a cada dois anos para a equipe que compõe o PAE-Fauna ou quando houver a inserção de novos membros.
A equipe da Ecossis destacou a importância de um levantamento prévio das espécies da fauna prioritárias existentes na região, contendo os hábitos das espécies vulneráveis, como por exemplo, o período de desova de tartarugas e rotas migratórias. Para os técnicos, também se faz necessário a avaliação do mapa de sensibilidade ambiental para resposta de emergência ao mar.
Foi identificado que a Baia de Sepetiba apresenta localidades com diferentes índices de sensibilidade do litoral. Diante desta informação, as equipes deveriam estar conscientes dos locais considerados mais sensíveis para realização das ações de manejo e resgate.
Após a mobilização foi definido como necessário a avaliação do local do incidente e os riscos para fauna, sendo importante a equipe estar ciente do plano de emergência, dos recursos disponíveis e quais ações deveriam ser adotadas. A resposta à fauna deverá ser implementada em função da análise do cenário acidental considerando informações sobre volume de óleo vazado e deriva do óleo, bem como índice de sensibilidade do litoral, vulnerabilidade ambiental das principais espécies na área.
Nas primeiras horas do acidente, por meio do monitoramento é possível manter o óleo distante dos animais. As espécies debilitadas que não apresentem indícios de contaminação por óleo, podem ser capturadas e conduzidas para avaliação em instalações veterinárias ou centros de triagem de animais silvestres que não estavam envolvidos no processo de reabilitação dos animais oleados, visando, por exemplo, evitar o risco de disseminação de moléstias infectocontagiosas. Neste caso, é necessário a realização de convênios e/ou parcerias com clínicas veterinárias especializadas da região da Baia de Sepetiba/RJ para o atendimento dos animais que necessitem de reabilitação que não estejam oleados.
O monitoramento de fauna deve ser contínuo enquanto houver óleo no ambiente. Não havendo registro, o monitoramento continua por mais 10 dias, podendo o prazo ser alterado mediante justificativa técnica ao Ibama.
No afugentamento, a equipe técnica da Ecossis explica que os animais são estimulados por meios visuais e sonoros a se afastarem dos locais de risco e se deslocarem para outros livres de contaminação. No caso de ninhos ou ovos de tartarugas, é autorizado o translocamento, quando necessário, sendo estes dispostos em locais não ameaçados, com consulta prévia ao da ação ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) tendo em vista a autorização do manejo. Os equipamentos utilizados na captura são adequados à biologia e ecologia das espécies, como redes, puçás,
armadilhas, cordas, ganchos entre outros equipamentos de contenção de fauna.
Esta etapa do manejo é realizada com o uso de escova e detergentes e demanda grande quantidade de água aquecida (em temperatura que varia de acordo com a espécie), pressurizada e com fornecimento ininterrupto. Antes de iniciar a lavagem dos animais, é verificado se o ambiente possui drenagem ou sistema de captação para água com óleo e detergente, e que este resíduo seria destinado adequadamente. No enxágue, todo detergente é retirado dos corpos dos animais com água aquecida e pressurizada, garantindo conforto térmico, de acordo com a biologia da espécie. Após o enxágue, os animais passam pelo processo de secagem conforme as necessidades de cada espécie. A limpeza e a lavagem podem ser realizadas em qualquer unidade de manejo de fauna oleada, desde que a etapa de reabilitação ocorra nessa mesma unidade ou não haja necessidade de deslocamento.
A reabilitação é iniciada logo após a limpeza da fauna e consiste em uma ação planejada que visa à preparação de animais que serão reintegrados ao ambiente natural ou quando houver impossibilidade, destinados ao cativeiro. Todo o processo de destinação, seja para soltura, cativeiro, incineração ou coleções científicas credenciadas, é de responsabilidade do poluidor.
A equipe técnica da Ecossis destaca que o monitoramento pós-soltura é de extrema importância para verificar a efetividade da reabilitação da fauna e pode ser realizado com uso de tecnologias disponíveis e adequadas à biologia da espécie. Durante todos os processos de reabilitação, um projeto de monitoramento deve ser encaminhado ao Ibama, que preveja: Marcação dos animais de acordo com a recomendação dos centros especializados do ICMBio; Equipamentos para rastreamento de animais via satélite – PTTs (Platform Transmitter Terminal), quando pertinente de acordo com recomendação do ICMBio; Recaptura de grupos faunísticos para exames clínicos para averiguação de concentração de contaminação pelo óleo. E ainda, o poluidor deverá encaminhar anualmente ao Ibama um relatório contendo os resultados do monitoramento dos animais. Os dados devem ser agrupados nas categorias sobrevivência, dispersão e observações comportamentais sendo acompanhados por informações gráficas e análise crítica
Ano de inicio: 2021
Status: Finalizado
Tipo de empreendimento: Barragem
Localização: Cachoeira do Sul Estado: RS
Serviços Executados
A Ecossis realizou, em 2021, proposta de adequação da Barragem do Capané, no Município de Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, distante 190km da capital do Estado. O atendimento consistiu na elaboração de diagnóstico do meio físico e biótico, ressaltando possíveis impactos relacionados com a implantação de empreendimento e a proposição de medidas compensatórias ou mitigatórias.
Durante a avaliação, a Ecossis apresentou um resumo das condições do meio físico, entre eles o laudo de cobertura vegetal, que destacou pontos como o levantamento da flora ocorrente na área da intervenção; descrição e classificação dos ecossistemas na área de intervenção; levantamento da cobertura vegetal existente ao longo da área total do terreno; relações das espécies vegetais existentes ao longo da área total do terreno, sejam elas nativas ou exóticas; e levantamento detalhado com relação à existência, ao longo da área total do terreno, de indivíduos pertencentes a espécies imunes ao corte, bem como às ameaçadas de extinção conforme legislação ambiental vigente).
Já o laudo da caracterização da fauna levantou apontou a metodologia utilizada para identificar a fauna observada; a descrição e classificação dos ecossistemas na área do empreendimento; a descrição do animal indicará a determinação taxonômica (família, gênero e espécie), o número de indivíduos observados e a presença de ninhos ou tocas; e a relação das espécies de animais observadas na área do projeto que constarem na versão atualizada da Lista Oficial de Espécies Ameaçadas de Extinção. O documento demonstrou, ainda, a avaliação de impactos e medidas de compensação e mitigação.
Em 2016, devido às chuvas, houve a necessidade de uma intervenção para garantir a integridade da barragem e manter o nível nos parâmetros normais, através de canais que aumentaram a vazão impedindo que a “taipa” rompesse causando danos e prejuízos imensuráveis, além de alagamentos em um raio de 15 km, conforme estimativa do próprio instituto. Verificou-se que, além da necessidade urgente da execução do vertedor, a realização de uma reforma/reforço do maciço para resguardar a estabilidade do sistema.