5 maneiras de salvar o planeta segundo a ONU
Os riscos das mudanças climáticas vêm sendo demonstrados há anos. Mas há menos atenção voltada às formas de realmente enfrentar o problema. No início de abril, cientistas da ONU apresentaram um plano que eles acreditam que poderá ajudar as pessoas a evitar os piores impactos do aumento das temperaturas no planeta. O relatório, preparado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC, na sigla em inglês), basicamente convoca uma revolução sobre nossa forma de produção da energia necessária para as atividades humanas.
Para evitar os grandes perigos do aquecimento global, as emissões de carbono precisam parar de crescer nos próximos três anos e cair rapidamente em seguida. E, mesmo assim, será necessário usar tecnologia para retirar CO2 do ar e manter as temperaturas baixas. Segundo os pesquisadores, existem cinco ideias fundamentais para manter a segurança do planeta:
1 – O carvão precisa se aposentar (de novo!)
O relatório do IPCC tem 63 páginas detalhadas, repletas de observações e complexas notas de rodapé. Toda essa verborragia não consegue esconder a mensagem central dos cientistas: se o mundo quiser se livrar dos perigos do aquecimento global, os combustíveis fósseis precisam ser eliminados. Manter o aquecimento global abaixo de 1,5 °C exige que as emissões parem de crescer até 2025, segundo os pesquisadores, e sejam reduzidas em 43% até o final da década. A forma mais eficaz de alcançar esse objetivo é gerar energia de fontes sustentáveis, como eólica e solar. Os autores indicam redução drástica dos custos dessas tecnologias, que atingiu cerca de 85% desde 2010. E, embora a guerra na Ucrânia esteja fazendo com que os governos europeus voltem a flertar com a ideia do uso de carvão, rico em carbono, os meios políticos claramente aceitam que a energia sustentável barata é o único caminho para eliminar a dependência de Putin no setor de energia. Por isso, para o bem da temperatura do planeta (e da política atual), o IPCC acredita que o carvão deverá ser finalmente aposentado para sempre. “Acho que esta é uma mensagem muito forte, não deve haver novas usinas movidas a carvão. Caso contrário, realmente será um risco para o limite de 1,5 °C”, afirma Jan Christoph Minx, professor da Universidade de Leeds, no Reino Unido, e um dos coordenadores do estudo do IPCC. “Acho que a grande mensagem do relatório é que precisamos pôr fim à era dos combustíveis fósseis. E não é preciso simplesmente encerrá-la; precisamos encerrá-la com muita rapidez”, segundo ele.
2 – O improvável vira realidade.
Alguns anos atrás, soluções tecnológicas para as mudanças climáticas eram geralmente consideradas ideias excêntricas. Desde pulverizar substâncias na atmosfera até resfriar a Terra bloqueando o Sol com escudos espaciais, diversas ideias foram ridicularizadas, criticadas e rapidamente esquecidas. Mas, à medida que a crise climática se amplia e o corte das emissões de carbono parece ser difícil, os pesquisadores vêm sendo forçados a examinar novamente o papel da tecnologia para limitar e até reduzir o CO2 da atmosfera. A ideia de remoção do dióxido de carbono da atmosfera agora é considerada totalmente normal, depois de ser endossada pelo IPCC no último relatório. Os cientistas são claros: será realmente impossível manter as temperaturas baixas sem alguma forma de remoção de carbono, seja com árvores ou com máquinas de filtragem do ar. Mas existe muita oposição dos ambientalistas. Parte deles acusa o IPCC de ceder aos países produtores de combustíveis fósseis e depositar ênfase demais em tecnologias que, essencialmente, permanecem sem comprovação. “A principal desvantagem que vejo é o fato de que o relatório é muito tolerante quanto à rápida supressão dos combustíveis fósseis”, segundo Linda Schneider, da Fundação Heinrich Böll, em Berlim, na Alemanha. “Eu esperava que o relatório apresentasse os processos mais confiáveis e seguros para atingirmos o limite de 1,5 °C, sem exagerar e depender de tecnologias que simplesmente não sabemos se irão funcionar”, afirma ela.
3 – Reprimir a demanda é uma arma secreta
Uma das grandes diferenças entre este relatório e suas versões anteriores é que a ciência social tem forte presença. Ela se concentra principalmente na ideia de reduzir a demanda de energia das pessoas nos campos da moradia, mobilidade e nutrição. Isso engloba uma série de questões – incluindo alimentação de baixo carbono, resíduos alimentares, como construímos nossas cidades e como levamos para as pessoas opções de transporte com maior economia de carbono. O IPCC acredita que as mudanças nessas áreas poderão limitar as emissões dos setores de consumo final em 40 a 70% até 2050, aumentando ainda o bem-estar das pessoas. É um objetivo ambicioso, mas o relatório é bem específico e detalhado – e, sim, será necessário ter estímulos e incentivos dos governos. Mas parece ser uma forma mais ou menos tranquila de causar impactos reais.
4 – Resfriar o planeta com dinheiro
Muitas vezes se postergou o combate às mudanças climáticas devido aos altos custos envolvidos. Mas essa impressão se alterou nos últimos anos, já que a conta financeira dos desastres climáticos vem crescendo de forma consistente. Agora, o IPCC está anunciando novas orientações quanto aos custos. O ponto principal é que, para transformar o planeta, com o perdão do trocadilho, não será necessário mover o mundo. O IPCC afirma que ainda existe muito dinheiro sendo gasto com combustíveis fósseis e não com soluções de energia limpa. Se os subsídios dos governos para os combustíveis fósseis fossem eliminados, as emissões seriam reduzidas em até 10% em 2030, segundo o Greenpeace. O IPCC afirma que, com o passar do tempo, os modelos que incorporam os danos econômicos causados pelas mudanças climáticas demonstram que o custo global de limitar o aquecimento em 2 °C ao longo deste século é menor que os benefícios econômicos globais da redução do aquecimento. Já manter as temperaturas bem abaixo de 2 °C custa um pouco mais, mas não muito, considerando os danos evitados e a ampla variedade de benefícios decorrentes, como ar e água mais limpos. “Se você observar os cenários mais agressivos do relatório, custaria no máximo 0,1% do crescimento anual considerado do PIB”, segundo Michael Grubb, professor do University College de Londres outro dos coordenadores do relatório.
5 – Atacar os ricos… ou torná-los exemplos?
O relatório renova a ênfase no impacto desproporcional dos ricos sobre o planeta. Segundo o IPCC, 10% das residências com maiores emissões per capita contribuem com 45% das emissões domésticas de gases do efeito estufa causadas pelo consumo. Essencialmente, o relatório afirma que as pessoas mais ricas do mundo gastam grande parte do seu dinheiro em mobilidade, incluindo aviões particulares. Seria então o caso de submetê-los a aumentos de impostos ou outras formas de restringir suas emissões? Sim, pode ser o caso, mas alguns autores do IPCC acreditam que os ricos têm outros papéis a desempenhar para ajudar o mundo a zerar suas emissões. “Os indivíduos ricos contribuem desproporcionalmente com maiores emissões, mas têm alto potencial de redução, mesmo mantendo alto nível de bem-estar e um padrão de vida decente”, afirma Patrick Devine-Wright, um dos principais autores do IPCC, da Universidade de Exeter, no Reino Unido. “Acho que existem indivíduos com alta posição socioeconômica que são capazes de reduzir suas emissões, tornando-se modelos de estilo de vida de baixo carbono, selecionando seus investimentos em negócios e oportunidades de baixo carbono e fazendo lobby em prol de políticas climáticas rígidas”, segundo ele.
*Matt McGrath é repórter especializado em meio ambiente da BBC News. Sua conta no Twitter é @mattmcgrathbbc
Fonte de Informação: https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/bbc/2022/04/10/maneiras-salvar-planeta.htm
Ecossis doa computador ao IMMC em Garopaba
Na sexta-feira, dia 29 de abril, foi dia da equipe da Ecossis colocar em prática mais uma ação de responsabilidade social. A gerente de relações institucionais do Instituto Ecossis, Carol Cretella, acompanhada do gerente de projetos da Ecossis Soluções Ambientais, Jean Antônio, estiveram na sede do Instituto Monitoramento Mirim Costeiro (IMMC), em Garopaba (SC), para fazer a doação oficial de um computador completo para a instituição. No local, eles ainda doaram blocos de anotações, canetas, calendário de mesa e ecobag. Para Ecossis é uma honra poder ajudar!
Saiba mais sobre o projeto Monitoramento Mirim Costeiro – IMMC
O IMMC também desenvolve Projeto Piloto Monitoramento Mirim Costeiro no Parque Estadual do Rio Vermelho (PAERVE), realizando encontros com estudantes de escolas da região, com atividades práticas. A próxima atividades com os alunos dessas turmas será uma ação prática. Os alunos serão formados ‘Monitores Mirins Costeiros e Guardiões Mirins do Oceano e do PAERVE. Todo este trabalho ocorre a partir da qualificação dos profissionais com a metodologia pioneira IMMC, que é desde 2017 uma Tecnologia Social.
Recentemente o IMMC também assinou convênio com a Prefeitura de Garopaba (SC), que utilizará recursos do FIA – Fundo da Infância e Adolescência, aprovado pelo CMDCA e Câmara de Vereadores. A iniciativa vai possibilitar retomar o programa Monitoramento Mirim Costeiro em 7 turmas de 5º ano de 5 escolas municipais de Garopaba neste ano de 2022, visando dar continuidade ao programa educativo iniciado em 2012 na rede municipal de educação, que transforma as crianças em monitoras, pesquisadoras e Guardiãs do Oceano. O programa tinha sido interrompido no ano de 2020 devido à pandemia Covid-19.
Essas e todas as ações do IMM podem ser conferidas no Relatório de Atividades do IMMC, que registra os eventos, ações e atendimentos mais recentes, como: as 13 oficinas educativas, 14 lives e dois eventos com parceiros.
Leia todos os resultados, em detalhes, no nosso Blog no link:
http://monitoramentomirimco steiro.blogspot.com/2022/04/i mmc-lanca-seu-relatorio-deatividades.html
Ecossis participa de Festival Jojow 2022 na Escola João Paulo I
O diretor-executivo da Ecossis, Gustavo Leite, foi um dos convidados para participar da programação da 5ª edição do Festival Jojow, promovido pela Escola João Paulo I, na zona sul de Porto Alegre. O evento aconteceu entre os dias 28 de maio e 03 de junho de 2022, com caráter cultural e educacional norteado pelos quatro pilares pedagógicos da Escola – Conhecimento, Trabalho, Afeto e Autonomia.
A ideia foi gerar uma integração dos membros da comunidade escolar por meio de ações colaborativas. A quinta edição veio com muitas novidades, reunindo arte, ciência e tecnologia em espaços de inovação.
Gustavo ministrou atividade para alunos do 4º Ano B, no dia 02 de junho. A temática foi relacionada com a questão da reciclagem, demostrando sua importância na prática. Após esta exposição em sala de aula, que durou cerca 20 minutos, o diretor da Ecossis provocou a turma sobre o tema, promovendo uma interação cognitiva.
Os alunos também tiveram oportunidade de realizar uma atividade externa para colocar em prática os conceitos abordados na palestra. Os grupos de alunos trabalharam com resíduos de plástico, papel, metal e orgânico. Cada aluno recebeu uma figura ilustrativa de acordo com cada tipo de resíduo. Após esta etapa, houve uma competição de equipes.
Os alunos tiveram que identificar os resíduos espalhados no chão e ainda armazenar corretamente nas devidas lixeiras. Foram 10 unidades de resíduos para cada cor, e a equipe que trouxe os 10 primeiro venceu. Todo o processo durou cerca de uma hora. Confira alguns registros da atividade.
Usina irá transformar lixo residencial em energia elétrica
O Brasil caminha rumo à sustentabilidade e, desta forma, São Paulo já está construindo sua primeira usina que transforma lixo em energia elétrica, com estimativa de ser inaugurada no final do próximo ano. O empreendimento que levará o país a um nível mais próximo da sustentabilidade será instalado na cidade de Palmital, a cerca de 400 quilômetros da capital e fará parte, a princípio, de outros 13 municípios da região.
Os resíduos serão coletados de aproximadamente 150 mil casas, que resultará na geração de 144 MW/dia, o suficiente para suprir a demanda energética de quase 30 mil residências, o que resultará na geração de 144 MW por dia, o suficiente para suprir a demanda de energia elétrica de quase 30 mil casas por ano.
Entenda como funciona o processo – Youtube/Reprodução
Sem dúvidas, as principais vantagens da usina que transforma lixo em energia são menos resíduos e mais economia na conta de luz para os moradores dos municípios. De acordo com o Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema (CIVAP), responsável pelo projeto, o desenvolvimento da usina evitará o descarte de quase 94 mil toneladas de resíduos por ano em aterros sanitários.
Cinzas dos resíduos podem gerar outros produtos
Em relação ao processo de incineração de energia, a outra parceira do projeto da usina que transforma lixo em energia elétrica, concessionária BAL-CIVAP, garantiu que as cinzas geradas pela transformação do combustível derivado de resíduos em gás não são maléficas ao meio ambiente.
As cinzas geradas também podem ser reaproveitadas para fazer tijolos e massa asfáltica. Segundo o presidente da Carbogás Energia, executora do projeto e detentora da patente, Luciano Reis Infiesta, a empresa receberá o lixo in natura, realizará a trituração, desidratação e criação de um combustível que será posteriormente transformado em gás.
Esta será a primeira vez que uma usina é desenvolvida utilizando tecnologias enquadradas nos 12 objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Estes objetivos compõem um plano mundial da ONU para melhorar a sustentabilidade do planeta até 2030.
Outro município de SP será contemplado com tecnologia de pirólise
O município de Tupã, no estado de SP, receberá no começo do próximo ano, uma máquina israelense que conta com tecnologia de pirólise. A máquina utiliza o lixo para produzir gás, energia elétrica e uma diversidade de óleos. O equipamento esteve no município durante o mês de novembro e a iniciativa servirá como base para outros municípios do país.
Fonte: https://clickpetroleoegas.com.br/
Anfitrião da COP28 pede combate ao aquecimento global sem afetar crescimento
A luta contra o aquecimento global deve andar de mãos dadas com o crescimento econômico, afirmou hoje o chefe da companhia petrolífera dos Emirados Árabes Unidos, Sultan Ahmed al Jaber, que dirigirá a COP28 (28ª conferência do clima da ONU). “Devemos limitar o aumento global das temperaturas a 1,5 ºC sem retardar o crescimento econômico”, declarou Al Jaber durante uma cerimônia de graduação da Universidade de Inteligência Artificial Mohamed Bin Zayed.
Al Jaber é diretor-geral da Adnoc (Companhia de Petróleo Nacional de Abu Dhabi) desde 2016 e é o enviado especial para mudanças climáticas dos Emirados Árabes Unidos. “Precisamos implementar uma transição energética inclusiva que não deixe ninguém para trás, especialmente no Sul global. Precisamos fazer com que nosso planeta seja mais rico e mais saudável ao mesmo tempo”, acrescentou. Al Jaber também atua como ministro da Indústria dos Emirados e dirige a empresa de energias renováveis Masdar.
Sua designação como presidente da COP28 provocou uma onda de críticas por parte de defensores do meio ambiente, que consideraram que sua nomeação ameaçava a “legitimidade” das negociações internacionais sobre o clima. Por outro lado, o enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, saudou essa nomeação. E o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, pediu nesta segunda apoio aos esforços da presidência da COP28. A conferência será realizada entre novembro e dezembro de 2023 em Dubai. A última, que ocorreu no Egito em novembro, aprovou um histórico fundo de perdas e danos para os países “particularmente vulneráveis” às mudanças climáticas.
Mas alguns especialistas criticaram que a conferência não conseguiu reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. Os Emirados Árabes Unidos são um dos maiores produtores mundiais de petróleo e insistem em sua importância para a economia global e o financiamento da transição energética.
Fonte: Uol Notícias
Leia a notícia original: https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2023/01/30/anfitriao-da-cop28-pede-combate-ao-aquecimento-global-sem-afetar-crescimento.htm
Brasil retoma papel central na Conferência da ONU
São Paulo – A Organização das Nações Unidas sedia esta semana, em Nova York, a Conferência da ONU sobre a Água. O evento, considerado o mais importante sobre o tema deste século, começa nesta quarta (22), Dia Mundial da Água, e vai até sexta (24). O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou delegação que, ao lado de lideranças e entidades de todo o planeta, vai debater compromissos voluntários em torno do uso sustentável da água e seus impactos.
De acordo com a ONU, o objetivo do encontro é deliberar ações conjuntas por parte dos países para alcançar os objetivos e metas acordados internacionalmente sobre o tema. Incluindo os que estão presentes na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Um dos principais resultados esperados é o lançamento da Agenda de Ação da Água. O documento representará os comprometimentos dos governos, instituições e comunidades locais.
A delegação brasileira
A comitiva do governo brasileiro será coordenada pelo secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), João Paulo Capobianco. Ao todo, a delegação que representará o governo Luiz Inácio Lula da Silva é composta por 50 integrantes. São 15 representantes do MMA, sendo 11 deles da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA).
O Itamaraty também marcará presença com seis integrantes. Representantes dos ministérios das Cidades, da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome também estão no grupo. Completam a delegação membros do Ministério Público Federal (MPF), parlamentares federais e estaduais e companhias de saneamento.
A composição do grupo atende a uma mobilização encabeçada pelo Instituto Água e Saneamento (IAS) e mais de 120 organizações da sociedade civil, que cobravam a representação do Brasil no evento. O professor da Faculdade de Geografia da USP Wagner Ribeiro, analista de meio ambiente da Rádio Brasil Atual, integra a delegação. Confira o comentário de Ribeiro sobre a importância da conferência, e da participação do Brasil, na edição desta quarta do Jornal Brasil Atual.
O que está na pauta
De acordo com a diretora executiva do IAS, Marussia Whately, o Brasil deve firmar compromissos ante o planeta por sua importância na pauta e por sua condição de país-membro da ONU. Principalmente na área do saneamento básico – a meta do país é a inclusão total das populações historicamente excluídas até 2033.
A previsão que o Brasil faça sua fala ao plenário da ONU amanhã (23). Paralelamente, diversos painéis tratarão dos muitos temas ligados à questão da segurança hídrica. O Brasil terá destaque especial na construção de soluções sobre o tema Água para a Saúde, já a partir desta quarta. O encontro abordará o acesso a serviços de água, saneamento e higiene, incluindo os direitos humanos à água e ao esgotamento sanitário.
O Brasil também terá papel central no seminário Água para o Clima, Resiliência e Meio Ambiente, previsto para quinta. Entre os temas abordados estão mar, biodiversidade, clima, resiliência e redução de riscos de desastres.
Na sexta, o país encerra sua participação promovendo o evento “Das Metas aos Resultados – o Cenário da Água Recursos e Saneamento no Brasil”, organizado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. A mesa tratará da Gestão Integrada de Recursos Hídricos e o cenário do saneamento no Brasil para acelerar a implementação dos Objetivos da Década de Ação pela Água.
A água para o mundo
A avaliação geral da ONU é que muitos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) estão atrasados. E o progresso na implementação do ODS 6, que diz respeito à água e saneamento, é crucial para o alcance dos demais Objetivos. Particularmente os relacionados à saúde, alimentação, igualdade de gênero, educação, subsistência, indústria, clima e meio ambiente. A organização aponta que, ainda hoje, “bilhões de pessoas em todo o mundo ainda vivem sem água potável e saneamento gerenciados de maneira segura, embora o acesso aos dois serviços tenha sido definido há muito tempo como um direito humano”.
“Muitas fontes de água estão se tornando mais poluídas e ecossistemas que provêm água estão desaparecendo. As mudanças climáticas estão prejudicando o ciclo da água, causando secas e enchentes. Água é um assunto de todos e a Conferência é inclusiva e multisetorial”, destacou a ONU em comunicado.
A expectativa é que com a nova Agenda, os objetivos e metas globais relacionados à água sejam alcançados mais rápidos. A plenária e os Diálogos Interativos serão transmitidos ao vivo no site da ONU.
Fonte: Rede Brasil Atual
Leia a notícia original em https://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/brasil-retoma-papel-central-na-conferencia-sobre-a-agua-da-onu/
Descarte incorreto de lixo contamina lençol freático e afeta a saúde
O descarte incorreto de lixo contamina o lençol freático e afeta a saúde pública. O assunto foi tema da palestra de Ellen Dânia, superintendente de Resíduos Sólidos da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), num dos painéis da Semana da Água. Dânia alertou então sobre os danos causados à população pelo descarte irregular de resíduos sólidos.
“As consequências destas práticas têm impacto direto na qualidade da água que chega ao consumidor e, consequentemente, na saúde pública. A contaminação dos mananciais favorece a transmissão doenças como hepatite, cólera e leptospirose, pela água”, afirma Dânia.
A Semana da Água foi um evento realizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad). Entre os dias 21 e 26 de março ocorreram diversas atividades para marcar o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março. A programação contou com ações educativas e painéis técnicos.
Lençol freático
Os resíduos descartados de forma irregular podem causar a contaminação de rios e águas subterrâneas. Então, a superintendente Ellen Dânia explicou que isso acontece por causa da grande quantidade de metais em lixos eletrônico, hospitalar e industrial. Sendo assim, Dânia destacou que esses materiais provocam um alto risco de comprometimento da qualidade das águas do rio.
Além disso, a superintendente alertou para os danos à saúde, pois é do mesmo rio que será captada a água para o consumo humano. Assim, quando o resíduo é despejado no solo de forma inadequada o lençol freático é contaminado. Então Dânia pontuou que a contaminação do solo é agravada pela decomposição do lixo, que origina o chorume.
“A composição desse líquido varia de acordo com o tipo de matéria orgânica que o originou. Então, se não existir nenhum sistema de captação e tratamento do chorume, o líquido entra em contato direto com o solo, podendo acarretar em contaminação do lençol freático. A água uma vez contaminada deverá ser tratada antes do uso”, afirmou.
Solução
Uma das possíveis soluções para evitar a contaminação do solo com o descarte irregular de resíduos é alogística reversa. Pois esse sistema prevê determinações para fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos que reciclam embalagens após o uso pelo consumidor.
O Governo de Goiás está desenvolvendo um projeto para implantar a logística reversa no estado. E a meta com o projeto é reduzir 20% do descarte em aterros de Goiás.
*Com informações do Governo de Goiás
Fonte: Sagres
Leia a notícia original em https://sagresonline.com.br/descarte-incorreto-de-lixo-contamina-lencol-freatico-e-afeta-a-saude/
A importância da energia hidráulica para o meio ambiente
A energia hidráulica é uma das principais fontes de energia renovável do mundo. Ela é gerada a partir da força da água em movimento, e é uma alternativa limpa e sustentável para a geração de energia elétrica. Mas qual a importância da energia hidráulica para o meio ambiente e como ela pode contribuir para a preservação do planeta?
A energia hidráulica é uma fonte de energia limpa e renovável, que não emite gases poluentes na atmosfera. Isso a torna uma opção mais sustentável do que outras fontes de energia, como o petróleo e o carvão, que são fontes de energia fósseis e altamente poluentes.
A geração de energia hidráulica é realizada por meio de usinas hidrelétricas, que utilizam a força da água para movimentar turbinas e gerar eletricidade. As usinas hidrelétricas podem ser construídas em rios, cachoeiras e outras fontes de água em movimento, e podem gerar energia elétrica em larga escala.
Além disso, a energia hidráulica é uma fonte de energia renovável, o que significa que ela não se esgota com o uso. Isso a torna uma opção mais sustentável para a geração de energia elétrica, já que não depende de fontes de energia que podem se esgotar no futuro.
A geração de energia hidráulica também pode contribuir para a preservação do meio ambiente. Ela pode ser utilizada para reduzir a dependência de fontes de energia fósseis, que são altamente poluentes e contribuem para as mudanças climáticas. Além disso, a construção de usinas hidrelétricas pode contribuir para a criação de empregos e para o desenvolvimento de regiões rurais.
No entanto, a energia hidráulica também apresenta desafios e impactos ambientais. A construção de usinas hidrelétricas pode afetar a biodiversidade dos ecossistemas aquáticos e terrestres, além de alterar o curso natural dos rios e dos lagos. Também é importante considerar o impacto social e econômico da construção de usinas hidrelétricas, especialmente nas comunidades locais.
Para mitigar esses impactos, é importante adotar medidas de gestão sustentável e de conservação ambiental. Isso inclui a adoção de práticas de monitoramento e de mitigação de impactos, a criação de áreas protegidas e a promoção da participação da comunidade na gestão dos recursos hídricos.
Também é importante investir em tecnologias mais eficientes e sustentáveis para a geração de energia hidráulica, como a utilização de turbinas mais eficientes e a adoção de sistemas de armazenamento de energia, que podem contribuir para uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos.
Um exemplo da importância da energia hidráulica para o meio ambiente é a Usina Hidrelétrica de Itaipu, localizada na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Ela é a maior usina hidrelétrica do mundo em capacidade de geração de energia, e é responsável por cerca de 15% do consumo de energia elétrica do Brasil e 90% do consumo de energia elétrica do Paraguai.
Além disso, a Usina Hidrelétrica de Itaipu é um exemplo de gestão sustentável, sendo reconhecida por suas práticas de conservação ambiental e de desenvolvimento social. Ela conta com um programa de recuperação de áreas degradadas, que já recuperou mais de 100 mil hectares de áreas degradadas, e um programa de desenvolvimento sustentável, que promove a inclusão social e econômica das comunidades locais.
Em resumo, a energia hidráulica é uma fonte de energia renovável e sustentável, que pode contribuir para a redução da dependência de fontes de energia fósseis e para a promoção da conservação ambiental. No entanto, é importante adotar medidas de gestão sustentável e de mitigação de impactos para garantir sua utilização de forma responsável e consciente. A energia hidráulica é uma opção promissora para o futuro da geração de energia elétrica, e pode contribuir para a construção de um futuro mais sustentável e equilibrado para o planeta.
Fonte: Meio Ambiente Rio
Leia a notícia original em: https://meioambienterio.com/a-importancia-da-energia-hidraulica-para-o-meio-ambiente-uma-fonte-renovavel-e-sustentavel-de-energia/
Plano nacional de resíduos sólidos prevê fim dos lixões em 2024
Na busca pelo fim do descarte inadequado no Brasil, a política nacional de resíduos sólidos determinava que nenhuma cidade tivesse lixão a céu aberto, até 2014. Sem condições de cumprirem as regras, os municípios tiveram um novo prazo, que acabou em agosto de 2022. Agora, com o Planares, Plano Nacional de Resíduos Sólidos, os lixões e aterros controlados devem acabar em 2024. O Diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, acredita que esse processo ainda é lento, no país.
“Tem uma ausência de priorização política, faltam os recursos necessários para viabilizar essa implementação para custear essa operação. Então, mostra-se como bastante urgente que a gente reverta esse quadro, sensibilizando as autoridades locais para essa necessidade. Orientando a aplicação de recursos e investimentos para a disponibilização dessas infraestruturas necessárias”.
Para o ano que vem, o plano prevê que todas as cidades cobrem uma taxa pelos serviços de manejo de resíduos, como forma de frear o excesso de lixo. A professora da Faculdade de Engenharia Civil e Arquitetura da Unicamp, Emília Rutkowski, destaca que as políticas nacionais trazem orientações, mas os planos de resíduos devem ser elaborados pelos municípios.
“Cada uma dessas instâncias também deveriam ter seus planos municipais. E é no plano que você detalha quais serão os procedimentos para os próximos cinco ou dez anos, em relação a essa questão. Mas o plano que não é feito com a participação de todos os segmentos da sociedade civil. Isso implica não só o cidadão, mas também as cooperativas de catadores, os empresários e as indústrias com o poder público está fadado a ter dificuldades de ser implementado”.
Wagner Andrade, diretor executivo da organização não governamental, Menos 1 Lixo, também reforça a ideia de que os municípios precisam assumir o papel na cadeia dos resíduos.
“O primeiro passo de fato é a criação de uma infraestrutura real pelo poder público nos municípios do Brasil para se inserirem nessa cadeia da reciclagem, criando operações de coleta seletiva, colocando caminhões, colocando recursos para que esse serviço aconteça nos municípios”.
No geral, os especialistas ouvidos acreditam que, para as leis e regras funcionarem, é preciso que a população seja tratada como agente participativo, na elaboração e na execução de políticas sobre o assunto; e o poder público oferecer condições de colocar as medidas em prática.
Fonte: Agência Brasil
Leia a notícia original em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2023-04/fim-dos-lixoes-em-2024
Seminário Cidade Bem Tratada reuniu representantes de entidades e empresas em prol do meio ambiente
A 11ª edição do evento, que debateu a situação das águas, energia renovável e tratamento de resíduos sólidos, ocorreu nos dias 8 e 9 de maio, em Porto Alegre. Foto: Matheus Bellini
A edição 2023 do Seminário Cidade Bem Tratada retomou os painéis presenciais durante os dias 8 e 9 de maio. Realizado desde 2012, coloca em debate a situação atual das águas, energias renováveis e resíduos sólidos, e especialmente a pauta de como uma cidade pode se desenvolver com total respeito à natureza. A realização é da Fundação Mata Atlântica e Ecossistemas com patrocínio da Ecossis Soluções Ambientais. O seminário ocorreu no Auditório Sede do Ministério Público, em Porto Alegre.
Conforme o biólogo e diretor executivo da Ecossis Soluções Ambientais, Gustavo Duval Leite, “foi uma experiência muito positiva para gerar conexões que visam a problemática e soluções ambientais”, disse. A programação do evento destacou uma série de atividades com foco em assuntos como a política nacional de resíduos sólidos; cidades ecointeligentes: a tecnologia como aliada na busca de soluções ambientais para as cidades; soluções baseadas na natureza: com o objetivo de enfrentar e minimizar as mudanças climáticas; e mobilidade e energia descarbonizadas.
Entre os convidados palestrantes, nomes como a promotora de justiça Annelise Steigleder; a pedagoga e fundadora do Projeto Pró-CREP – Cooperativa de Triagem de Resíduos Sólidos, de Palhoça (SC), Hélia Alice dos Santos; o presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias do Vidro (Abividro), Lucien Belmonte; o engenheiro florestal e coordenador da Divisão de Infraestrutura e Saneamento Ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (Sema/RS), Walter Souza; a co-fundadora e diretora de Operações da Grilo Mobilidade – Inovação da mobilidade por meio de transporte descarbonizado, Leronor Moura; e o CEO da TrashIn – Inovação na gestão de resíduos por meio da tecnologia, Sergio Finfger.