Ecossis marca presença no festival Jojow 2023
A 6a edição do Festival Jojow, promovido pela Escola João Paulo I, na zona sul de Porto Alegre, contou novamente com a presença do diretor-executivo da Ecossis, Gustavo Leite. O evento ocorreu entre os dias 27 de maio e 2 de junho, e realizou diversas ações em prol da Semana do Meio Ambiente, com caráter educacional e norteado pelos quatro pilares pedagógicos da Escola – Conhecimento, Trabalho, Afeto e Autonomia.
Reunindo arte, ciência e tecnologia em espaços de inovação, o evento integrou os membros da comunidade escolar em atividades teóricas e práticas. Gustavo Leite ministrou uma palestra para alunos do 4.º ano B, com destaque para os temas plástico e oceanos. A apresentação foi feita por meio de uma publicação escrita e ilustrada pelo diretor, chamada “Tortuise e seus amigos em: meu mar não é de plástico”. Além da exposição em sala de aula, que durou cerca de 30 minutos, o diretor interagiu com a turma, propondo uma ação cognitiva.
A participação no Festival Jojow faz parte das ações de Responsabilidade Social (RSE) da Ecossis. Todas as iniciativas de RSE tem o objetivo de promover a conscientização ambiental e o desenvolvimento sustentável da sociedade em que está inserida, tendo como principais meta incentivar atividades na área da responsabilidade socioambiental, por meio de projetos que contribuam com a qualidade e com a sustentabilidade nos serviços oferecidos pela empresa; disseminar a cultura da responsabilidade socioambiental para o público alvo; e apresentar as ações e aplicações desenvolvidas pela ECOSSIS no Balanço Social.
Semana do meio ambiente do Porto de Ilhéus/BA
Para celebrar a Semana do Meio Ambiente, a Companhia das Docas do Estado da Bahia (CODEBA) organizou uma série de atividades para o público interno e externo no período de 05 a 07/06/2022, com apoio da sua contratada Ecossis Soluções Ambientais, no âmbito do Programa de Educação Ambiental (PEA), que faz parte do Plano de Controle Ambiental (PCA) do Porto de Ilhéus.
No dia 05/06 foi montado um stand com atividades educativas relacionadas aos impactos dos resíduos plásticos sobre a fauna marinha. O stand foi montado no Colégio Estadual de Tempo Integral Professor Carlos Roberto Arléo Barbosa e contou com a participação das pesquisadoras do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos de Ilhéus (GPMAI/UESC).
No dia 06/06 os alunos do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) do Chocolate Nelson Schaun visitaram o Porto de Ilhéus. No período da tarde, especialistas do Projeto Baleias na Serra realizaram a palestra “Da poluição à solução: Lixo marinho e poluição plástica” para os trabalhadores portuários.
No dia 07/06 foi realizada limpeza na praia do Malhado com participação de alunos do Colégio Estadual de Tempo Integral Professor Carlos Roberto Arléo Barbosa e dos trabalhadores do Porto de Ilhéus, incluindo funcionários da CODEBA. A ação conseguiu retirar da praia 120kg de resíduos sólidos.
Durante os dias de atividades houve distribuição de brindes como ecobags e caixa de som feita de fibra de palha de trigo e plástico reciclado na fiação interna.
Essa ação contribui para aproximar a CODEBA, não apenas da comunidade portuária, como também da comunidade no seu entorno, além de sensibilizar o público para a problemática dos resíduos plásticos sobre o ecossistema marinho.
O projeto elaborado e em execução pela Ecossis para a Companhia das Docas do Estado da Bahia – CODEBA, visa adequar o Plano de Controle Ambiental – PCA para o pleno cumprimento das condicionantes ambientais, além de prestar apoio técnico à gestão ambiental do Porto Organizado de Ilhéus/BA.
Foi dividido em 2 fases, sendo que a Fase 1, já concluída, foi a realização da adequação do PCA do Porto Organizado de Ilhéus às recomendações do Parecer Técnico do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e do Plano de Gestão Ambiental – PGA. A fase 2, que iniciou em março de 2020, trata da implantação e execução dos planos e programas ambientais, bem como a realização de atividades de acompanhamento e supervisão das atividades e ações de controle ambiental realizadas durante a operação.
A realização do Programa de Educação Ambiental é uma medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo IBAMA.
Ecossis realiza entrega de doações da Campanha do Agasalho 2023
Neste inverno, os moradores do Lar da Amizade terão uma temporada mais quentinha. A instituição recebeu, no dia 13 de junho, diversas peças arrecadadas durante uma campanha conduzida pela Ecossis Soluções Ambientais. Desde sua fundação, em todos os invernos a empresa promove a Campanha do Agasalho, com a finalidade de ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade neste período em que as temperaturas historicamente ficam mais baixas.
Ao todo, a Ecossis arrecadou, entre 18 de maio e 12 de junho, 144 peças. O foco foi arrecadar mantas, cobertores, lençóis, tolhas, e também acessórios como toucas, mantas, meias e luvas.
O Lar da Amizade, localizado na zona Sul da capital gaúcha, foi criado em 1983, e abriga idosos, deficientes visuais e pessoas com outras deficiências leves. Seu objetivo é assistir e encaminhar essas pessoas que, pelos mais diversos motivos, precisam de um espaço temporário para viver.
Confira abaixo alguns registros realizados no dia da entrega.
Entenda como responsabilidade e inclusão social entram no debate sobre sustentabilidade
Atualmente, falar sobre desenvolvimento sem citar sustentabilidade é praticamente impossível. Isso porque devemos ter uma visão de longo prazo do que queremos para a sociedade. Sabemos que de nada adianta ter uma sociedade desenvolvida economicamente, mas com o meio-ambiente em colapso. Por isso, as pessoas estão cada vez mais se preocupando com os impactos das suas atividades no planeta, com o uso de recursos naturais, com a igualdade de gênero, a inclusão, a diversidade, entre diversos outros pontos.
Essa preocupação interfere diretamente nas relações de consumo, pois os consumidores valorizam mais as empresas que também estão preocupadas com o meio-ambiente. O público tem se mostrado cada vez mais atento e exigente em relação às práticas sustentáveis das empresas e também às práticas de inclusão social de um negócio. Essa preocupação socioambiental se tornou um fator decisivo para boa parte dos clientes e afeta diretamente o posicionamento das marcas no mercado.
Adoção de práticas ESG
Segundo uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), 87% dos consumidores brasileiros preferem adquirir produtos de empresas sustentáveis. Além disso, 70% deles preferem pagar mais caro por produtos ou serviços que sigam princípios de desenvolvimento sustentável.
Além da consciência ambiental, é por isso também que muitas empresas estão adotando as práticas ESG. A sigla, em inglês, representa a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa(Environmental, Social and Governance) nas empresas. O objetivo do compromisso é mais do que apenas evitar a deterioração dos recursos naturais, mas também combater a ausência de práticas corporativas voltadas para as políticas sociais e a falta de uma gestão íntegra.
Preocupação social
O pilar Social – o S da sigla ESG – diz respeito ao impacto das decisões e atividades de uma organização sobre a sociedade e o meio ambiente. O principal foco das ações sociais são as pessoas e seus grupos de representação: colaboradores e outros stakeholders, comunidades próximas à empresa, governos e até mesmo o público internacional.
Desenvolver políticas e iniciativas sociais relevantes é um desafio que depende de uma atenção focada nas demandas dos públicos para conciliar a atuação da empresa com práticas que respeitem os direitos humanos e a dignidade das pessoas. O primeiro passo é observar todas as normas e leis de segurança sociais e trabalhistas na própria empresa e sua cadeia produtiva.
Boas práticas sociais
Devemos trabalhar para ter um ambiente empresarial saudável, que preze pelo bem-estar de seus colaboradores, pelo aprendizado e que promova ações sustentáveis. É relevante também promover atitudes mais inclusivas no ambiente de trabalho. Por isso, o empreendedor deve ter em mente que a diversidade e a inclusão são indispensáveis no desenvolvimento do negócio. Essa inclusão deve levar em conta tanto os colaboradores, como os clientes.
O que o empreendimento faz para minimizar os impactos causados ao meio ambiente, como são as relações de trabalho e qual é o tratamento dedicado a pessoas com algum tipo de deficiência são exemplos de como a conduta da empresa pode influenciar os seus negócios.
Entre as boas práticas sociais que uma empresa pode adotar estão políticas de inclusão e diversidade; promoção do bem-estar no ambiente de trabalho; executar ações positivas para a comunidade local; contribuir para projetos sociais desenvolvidos pela comunidade; e auxiliar no desenvolvimento intelectual dos funcionários e colaboradores.
Fonte: G1
Leia a notícia original em https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/falando-de-sustentabilidade/noticia/2023/06/19/entenda-como-responsabilidade-e-inclusao-social-entram-no-debate-sobre-sustentabilidade.ghtml
Energias renováveis: desenvolvimento precisa de mais profissionais qualificados
A Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês) e a Aliança Global de Renováveis assinaram um memorando de entendimento para trabalharem juntas em ações voltada à transição energética. Segundo as duas instituições globais, o mundo precisa de energias renováveis imediatamente e os formuladores de políticas devem ter um foco claro para fornecê-las.
O reforço à disseminação do uso de energias renováveis já domina a agenda dos países e terá muita relevância durante a COP28 – 28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) – que acontecerá no final deste ano. Um dos pontos altos será a discussão em torno do Acordo de Paris, que tem entre seus objetivos reduzir as emissões de gases de efeito estufa, causadores o aquecimento global. Para isso, todos os envolvidos precisam implementar medidas práticas.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o Brasil tem 83% de sua matriz elétrica originada de fontes renováveis. A participação é liderada pela hidrelétrica (63,8%), seguida de eólica (9,3%), biomassa e biogás (8,9%) e solar centralizada (1,4%).
Há oportunidades na expansão de novas formas de energia e para que exista avanço na pesquisa e aplicação das energias renováveis é fundamental a atenção à capacitação de profissionais para esse campo.
Para o professor Vicente de Lima Gongora, doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenador de Educação da UniSenai PR, é possível perceber um grande potencial no Brasil, tanto no desenvolvimento quanto na diversificação das energias renováveis.
“Temos abundância de recursos naturais, como sol, vento, água e biomassa e o país já é conhecido, mundialmente, por ter um sistema elétrico altamente renovável, já que utiliza a matriz hidrelétrica. Mas sabemos que há uma forte tendência de crescimento no estudo e uso de energias como a eólica, solar e biomassa. Isso representa muitas oportunidades para a atuação dos profissionais da engenharia elétrica, que podem desenvolver melhorias e implementar tecnologias que reduzem o consumo nas indústrias, edifícios e em sistemas de transporte”, comenta.
Ele explica que é fundamental que os cursos de Engenharia deem a devida importância ao tema. “No curso de Engenharia Elétrica da UniSenai PR, além da preparação técnica dos alunos, levamos em consideração as questões relacionadas ao meio ambiente e à sustentabilidade, colocando-as de forma transversal na matriz curricular”, conta.
Para exemplificar, o professor cita o desenvolvimento de um kit didático que simula a energia solar durante o período noturno, feito pelos alunos do curso na Jornada de Aprendizagem.
O objetivo foi prepará-los para que se apropriem de todos os parâmetros que envolvem a geração de energia solar como, por exemplo, quantidade de radiação, sistemas eletrônicos de controle e de geração de energia. É a aprendizagem colocada em prática, preparando os profissionais para os desafios de utilização de fontes renováveis de energia.
Atualização é diferencial para os profissionais
No cenário atual, é indispensável que as instituições de ensino foquem o ensino em temas relacionados com as novas tecnologias, como acrescenta John Jaime, aluno de graduação de Engenharia Elétrica da UniSenai PR, ao compartilhar sua experiência.
“A instituição não só objetiva termos o total acesso ao conteúdo teórico dessas tecnologias, como também põe à prova nossos conhecimentos adquiridos ao longo do curso, com aulas práticas e atividades totalmente direcionadas ao assunto”, conta o estudante, que participou de ações como competições de iniciação científica, elaboração de artigos detalhados sobre as metodologias aplicadas à disciplina, dentre outras.
Paulo Andrade Leal, doutor em Engenharia de Produção e Sistemas e professor dos cursos de Engenharia de Energias e de Engenharia Automotiva da UniSenai PR, acredita que o engenheiro é um profissional que pode atuar em diversas áreas do mercado, por sua habilidade de análise e síntese, em especial o engenheiro eletricista, devido à capacidade analítica diferenciada.
“Acredito que nos próximos dez anos, teremos a necessidade de profissionais com essas características, pois a forma de nos locomovermos será profundamente dependente de recursos energéticos diferentes do petróleo. Sabemos que é crescente a procura por sistemas energéticos ambientalmente corretos e sustentáveis. A energia elétrica será parte da solução de mobilidade. Nesse cenário, os engenheiros eletricistas serão fundamentais”, comenta.
Engenheiro eletricista: uma atuação multidimensional
Profissional multifacetado, o engenheiro eletricista tem uma atuação diversa e dinâmica. Segundo o professor Vicente, o curso de Engenharia Elétrica da UniSenai PR vem preparando engenheiros que podem desempenhar atividades em segmentos como:
- Setor energético: na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica em projetos, expansão e manutenção de usinas hidrelétricas, parques eólicos, usinas solares e outras fontes renováveis;
- Indústria automotiva: envolvendo-se no projeto e desenvolvimento dos sistemas elétricos e eletrônicos dos veículos, que incluem motores elétricos, baterias, sistemas de carregamento, além de todos os sistemas de controle e supervisão dos veículos elétricos;
- Indústria de tecnologia: inclui telecomunicações, equipamentos médicos e a própria indústria eletrônica de consumo; desenvolvendo projetos novos e inovadores produtos tecnológicos para outras utilizações;
- Automação industrial: possibilidade de atuar em empresas que fornecem soluções de automação e controle; envolvendo uma série de funções como o projeto, o desenvolvimento, a programação de controladores lógicos programáveis, integração de sistemas e a otimização de processos industriais que visem eficiência energética, contribuindo com a competitividade da indústria;
- Consultoria: pode fazer serviços de consultoria e suporte técnico, estudos de viabilidade, personalização de projetos, manutenção e análises para a conservação e economia de energia elétrica.
Vicente Gongora destaca que há escassez de profissionais para trabalhar com Inteligência Artificial e que essa temática recebe uma abordagem aprofundada no curso de Engenharia Elétrica da UniSenai PR.
Infraestrutura ainda é um desafio
Apesar das fontes renováveis de energia serem excelentes alternativas à promoção do desenvolvimento sustentável, ainda existem obstáculos a serem superados, como os custos diretos de uma determinada tecnologia em comparação com as concorrentes, incerteza políticas e regulatórias, além da burocracia que pode incluir licenciamentos complicados ou lentos.
“Acredito que o Brasil ainda apresenta desafios a serem enfrentados para que possa aproveitar plenamente e estar em equivalência com outros países na questão das energias renováveis. A infraestrutura necessária para a geração, transmissão e distribuição dessas energias, clareza nas políticas e regulamentações e a disponibilidade de financiamento são alguns exemplos. Mas a realidade nos mostra que esse é um caminho sem volta, já que não há como pensar na vida do planeta sem o investimento em energia limpa”, completa o professor.
Fonte: G1
Leia a notícia original em: https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/fiep/sistema-fiep/noticia/2023/06/28/energias-renovaveis-desenvolvimento-precisa-de-mais-profissionais-qualificados.ghtml
Economia interessada no meio ambiente
A cada novo empreendimento, o debate sobre meio ambiente e desenvolvimento econômico vem à tona e os ânimos ficam acirrados quando, por exemplo, é prevista a derrubada de árvores. Por outro lado, quando o projeto precisa mudar ou ser adaptado em razão da manutenção do verde, também há protesto. Não faz muito tempo que Porto Alegre esteve no centro de duas disputas entre ambientalistas, governantes e empresários. Na orla do Guaíba, manifestantes expuseram o desejo de manter a vegetação do local se pendurando em árvores. Já no Hospital de Clínicas, muitos se posicionaram contra a forma de expansão da estrutura sobre a área de jardim.
Essa briga está longe de acabar, mas contradizendo uma ideia antiga de que cuidados com o meio ambiente significam aumento de custos ou impedem o desenvolvimento, setores produtivos têm mostrado que é possível, inclusive, reduzir investimentos utilizando ferramentas sustentáveis.
Ao limitar a quantidade de insumos, desperdícios, tempo de realização de projeto e mão de obra, empresários somam o retorno financeiro a um valor difícil de mensurar. “O impacto da sustentabilidade se transforma em ativos intangíveis. A sociedade vem se organizando e se preocupando com o ambiental e começa a ver os recursos finitos que nós temos. O empreendedor é muito pragmático e, se não olhar para isso, daqui a pouco pode ficar fora de um determinado mercado”, afirma o professor da Escola Politécnica da PUCRS, Eduardo Giugliani.
A preocupação com o meio ambiente no setor rural passa pela cultura orgânica, mas vai muito além. Produtores têm adaptado técnicas e desenvolvido manejos que, não necessariamente, trazem incremento de investimentos. Alguns, inclusive, proporcionam economia, até mesmo de espaço utilizado de plantio. Observando o desenvolvimento atual, a secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura do RS (Sema), Marjorie Kauffmann, entende que os setores produtivos estão cada vez mais conscientes em relação à preservação dos recursos naturais. Um dos motivos é o interesse econômico, até porque se trata de um dos pré-requisitos para a exportação de determinados produtos. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, acrescenta que as empresas com intenção de evoluir no segmento de atuação precisam internalizar o conceito de sustentabilidade: “A inclinação é de que esse paradigma esteja cada vez mais constituído na mentalidade empresarial.”
Há ainda um longo caminho a ser percorrido das ferramentas mais tradicionais com impacto ambiental para as menos poluentes e com preocupação sustentável. “Esses projetos têm que ser verdadeiros e não uma maquiagem verde para melhorar a pontuação na bolsa e para vender mais”, declara o presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Heverton Lacerda. Para ele, a melhor escolha é a transparência. “Dizer que está trabalhando e ainda não está no ideal, mas caminhando para isso”, aponta. Ele destaca que esse percurso deveria incluir a preocupação com o tripé que envolve sustentabilidade ambiental, práticas de governança e responsabilidade social, que constituem a sigla ESG. Não adianta, conforme o ambientalista, ter uma produção ecológica e, ao mesmo tempo, não cuidar da relação com os colaboradores.
Alternativas também podem ser vistas no urbanismo. Adaptando projetos e planejando as cidades com o foco na manutenção de áreas verdes é possível trazer vários benefícios. Uma das vantagens de reduzir a camada asfáltica, por exemplo, é a absorção de água, vento e calor. Isso contribui para o equilíbrio do microclima, diminuindo o aquecimento local e a intensidade dos efeitos climáticos extremos.
No mês em que se comemora o meio ambiente, setores da economia mostram como conciliar a preocupação com a sustentabilidade e o desenvolvimento e assim indicar como criar soluções. Isso permite continuar com bom posicionamento no mercado e ainda colaborar para o futuro.
Na indústria, meta é mostrar ao mercado preocupação com sustentabilidade
No Brasil, entidades representativas da indústria estão preocupadas em traçar metas e se colocar no mercado internacional como preocupadas com a sustentabilidade. O plano passa por um incentivo à transição energética, redução das emissões de carbono, conservação florestal e práticas propostas pela economia circular, como otimização das cadeias produtivas por meio da reciclagem, reutilização, manutenção e redesenho de produtos. O coordenador do Conselho de Meio Ambiente (Codema) da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Newton Battastini, lembra que, desde o final da década de 1990, o segmento vem aperfeiçoando os processos. Algumas práticas já estão consolidadas, como a produção mais limpa, que trabalha com a ideia de eficiência no uso de matérias-primas, água e energia pela não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados.
Outras soluções são o reúso de água e efluentes, logística reversa, inventário de emissões e planos de descarbonização. “Podemos afirmar que a indústria é a pioneira na aplicação de ferramentas de gestão ambiental, sendo cada vez mais modernas e aplicadas amplamente no Rio Grande do Sul”, declara. Para ele, a popularização do termo ESG (Environmental, Social and Governance, na tradução livre do inglês, Ambiental, Social e Governança), em especial no universo financeiro, tornou mais fácil a compreensão de que as boas práticas nos pilares de governança corporativa, ambiental e social proporcionam, a médio e a longo prazo, ganhos econômicos. “Não é coincidência que o mercado investidor compreende que a avaliação desses quesitos representa segurança para investimentos. Não há processo produtivo sem recursos naturais, humanos e financeiros. Então cuidar deles é garantir a viabilidade da produção.”
Para alguns, leis são consideradas restritivas
Em relação ao uso eficiente da água na indústria, Battastini traz o caso do segmento químico nacional, que apresentou de 2006 a 2018 uma redução de aproximadamente 34% em relação ao volume captado por tonelada de produto e queda de 25% de efluentes lançados por tonelada produzida. “Além disso, o investimento em eficiência energética resulta em uma economia considerável e a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), que impactam diretamente nas mudanças climáticas”, ressalta.
O setor de vidro teve recuo de 100 toneladas por ano de emissão de gases, em razão da melhora nos índices de reciclagem. Já o segmento de cimento tem emissão 11% menor que a média mundial do setor, segundo a Fiergs, para citar alguns casos no Brasil. “A redução do consumo de água, da geração de efluentes ou reúso do mesmo, o reaproveitamento de materiais e a eficiência energética trazem ganhos econômicos que tornam a indústria mais competitiva”, continua Battastini.
Contudo, o representante da Fiergs alerta para algumas limitações. Segundo ele, o Estado tem uma das legislações mais restritivas do país: “A indústria, desde seu projeto para instalação, já tem na sua concepção uma série de exigências ambientais que são incorporadas”. A maior preocupação do setor, conforme ele, está na burocracia e na insegurança jurídica, que abre espaço para interpretações e falta de clareza na aplicação das normas. “É o maior entrave que temos. Cumprir a legislação é inerente a qualquer compartimento de convivência social, sendo uma das premissas do setor industrial”, afirma. Sobre isso, as soluções apresentadas pela Sema para agilizar os processos não incluem mudança de leis, mas sim modernização na gestão, pessoal e tecnologia dos sistemas.
Setor calçadista passou por transformação nos anos 2000
Um dos maiores segmentos industriais do Rio Grande do Sul, o setor de calçados avalia a importância da legislação atual. O gestor de Projetos da Abicalçados, Cristian Schlindwein, lembra que o setor coureiro e calçadista era apontado como um dos vilões para o meio ambiente. Porém, a partir da década de 1990 e, com mais força, a partir dos anos 2000, ocorreu uma transformação relacionada ao cumprimento da legislação ambiental. “Hoje, entre os principais países produtores de calçados no mundo, temos o Brasil despontando com práticas mais responsáveis e sustentáveis, não somente na questão ambiental, mas em toda a abrangência de ESG”, observa.
Uma pesquisa da entidade, publicada este ano, mostrou que mais de 95% das empresas do setor trabalham com a destinação ambientalmente correta dos seus resíduos produtivos, recolocando-os na produção, reciclando ou até mesmo os transformando em fertilizantes ou material de construção. Mais de 60% utilizam energia proveniente de fontes renováveis e mais de 70% da produção de calçados no Brasil vem de empresas que realizam inventário de emissões de gases. “Além do impacto positivo para o meio ambiente, a empresa atrai atenção de visibilidade por estar preocupada com o futuro. Isso se reverte em interesse comercial e novas oportunidades de negócio”, afirma Schlindwein.
Pensando em todos esses temas e práticas, o diretor de uma empresa familiar com mais de 30 anos no ramo de injeção de peças em Porto Alegre, Gustavo Eggers, elenca algumas práticas sustentáveis. Circuito fechado, com a água circulando no mesmo sistema, sem que nada seja despejado no meio ambiente, é um deles. Reaproveitamento de quase 100% do refugo plástico é outra escolha da Bioplast. “A produção é alinhada, assim os desperdícios nas trocas de matérias-primas e cores são evitadas”, aponta. Tudo isso permite reduzir em cerca de um terço o desperdício. Dessa forma, ele atesta que é possível produzir de forma ecologicamente correta, sem que isso incremente o investimento.
Medidas podem favorecer empreendimentos
Caracterizado como um dos setores que mais impactam o meio ambiente pelo uso de recursos, geração de resíduos ou desmatamento, a construção civil também pode se beneficiar de algumas práticas. O coordenador do Fórum da Inovação na Construção Civil, Bernardo Etges, explica que, além das medidas que são obrigatórias por lei, há outras opcionais e que podem favorecer os empreendimentos.
A primeira está relacionada ao prazo. “Quanto mais tempo uma obra dura, mais material, tempo de pessoal e recursos estão sendo alocados. Tudo isso, de alguma forma, cria um impacto”, diz. Por isso, ele defende metodologias de produção enxuta: “O foco é reduzir os desperdícios e tornar a obra mais rápida e eficiente. No mercado de incorporação, obras que aplicam a metodologia têm conseguido reduzir o prazo em 30%, até 40%”.
Investimento em planejamento e treinamento de equipe, além do cuidado com a cadeia produtiva, auxiliam na adoção de ferramentas que geram economia. A preocupação em minimizar os resíduos já repercute no orçamento, pois a manutenção do lixo tem custos diários, tanto de remoção quanto contratação de aterro.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do RS (Sinduscon-RS), Claudio Teitelbaum, vai pela mesma linha. “Vejo muitas empresas aplicando esses conceitos e isso vem a melhorar a qualidade de vida e, futuramente, os custos de manutenção do condomínio”, observa, lembrando a importância dos prédios energeticamente mais eficientes e com uso racional da água. Ele comemora os incentivos públicos aos empreendimentos que utilizam painéis fotovoltaicos, vidros duplos, lâmpadas LED e que fazem o reúso de água da chuva e de águas cinzas.
Em Porto Alegre, um exemplo de construção em que o projeto foi pensado para implementar essas técnicas foi a sede da Fecomércio, na Zona Norte. No edifício, há iluminação natural e placas fotovoltaicas, mas o mais impactante é o telhado verde com 10 mil metros quadrados. Nele são cultivadas plantas sem usar terra. O objetivo foi reduzir o gasto com energia, captar e permitir o reúso de água potável. Além disso, contribui para a drenagem urbana, uma vez que a chuva que iria para as ruas e poderia provocar inundações é reaproveitada. Fora isso, também funciona como isolante acústico, reduz a poluição na cidade, favorece a biodiversidade, atraindo borboletas e passarinhos. Os cuidados com os recursos naturais começaram já na construção do prédio com pedras in natura, recolhimento de resíduos, controle de óleos e solventes e sistema de captação de energia solar.
Áreas verdes são responsáveis por manter o equilíbrio do microclima na cidade
Responsáveis por manter o equilíbrio do microclima das cidades e reduzir a intensidade do efeito estufa, as áreas verdes ainda colaboram para o conforto e qualidade de vida das pessoas. O professor da Faculdade de Arquitetura e do Programa de Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional da Ufrgs, Eber Pires Marzulo, destaca que a vegetação permite sombreamento, relação maior com a luz natural, menos automóveis e mais circulação de pessoas.
Todo planejamento, portanto, deve considerar isso, proporcionar equilíbrio e priorizar que a flora seja variada, estimulando a existência também da fauna. “Isso é importante para o deslocamento de sementes, o que permite que a vegetação se expanda. As ruas funcionam como corredores para o deslocamento dos animais silvestres até ilhas, que seriam os parques urbanos. Um exemplo que nós temos é o Parque da Redenção”, diz Marzulo.
O coordenador do curso de Engenharia Civil e da Pesquisa, Extensão e Internacionalização da Faculdade Estácio do Rio Grande do Sul, André Guedes, acrescenta que a presença de árvores ajuda a diminuir a poluição do ar e reduzir o ruído. Ele lembra o caso de Seattle, nos Estados Unidos, que conseguiu conciliar o progresso com preservação e ampliação de áreas verdes, ganhando o título de Cidade Esmeralda. “O fundamental nesses casos é compreender o planejamento da arborização urbana. Nada é impossível de ser realizado, mas há limites a serem parametrizados pelo Plano Diretor”, observa.
Segundo Guedes, soluções podem ser estudadas e contempladas, como o tratamento de esgoto a ser realizado no próprio prédio, o que minimiza o impacto ambiental. O tráfego de carros, quando previsto, pode ser reduzido pelo incentivo a outros meios de transporte que facilitem a circulação e que tenham menos ruídos sonoros.
Eber Marzulo traz o exemplo de um recurso utilizado por Milão, na Itália, que fez de canais um meio de transporte de quem faz remo, por exemplo. No caso de Porto Alegre, ele observa que algo semelhante poderia ser feito na avenida Ipiranga, no Arroio Dilúvio, limpando o fluxo d’água, permitindo o uso e também ampliando pistas para bicicletas ou para o transporte coletivo. O professor ainda aborda a escolha dos materiais para os prédios, com predominância de concreto e vidro, que não absorvem o calor. Além disso, ele também destaca a dinâmica de produção rápida e com unidades caras, o que não atende a uma demanda de moradias para a população de classe econômica mais baixa e de produção de trabalho para esses setores.
Avanços nas práticas nas últimas décadas
A água utilizada no Brasil é destinada, principalmente, para irrigação de lavouras (49,8%), segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Porém, o agronegócio é responsável por outros impactos como a poluição e a degradação do solo e do ar, mesmo que a transição para culturas mais ecológicas já seja realidade em alguns pontos.
Assim como as consequências diretas, as externalidades da forma de produção também precisam ser consideradas, na opinião do engenheiro agrônomo, assistente técnico de Manejo de Recursos Naturais da Emater-RS, Ari Uriartt. “Os produtos utilizados podem trazer riscos à saúde, o que representa mais pacientes na rede pública, por exemplo”, afirma ele, lembrando ainda que não é possível comparar uma produção orgânica, voltada para o mercado local, com a produção de grãos destinados à exportação. “Não é proporcional”, observa.
A forma de plantar e criar animais utilizando recursos locais, como a compostagem, torna os orgânicos menos dependentes de insumos importados, atrelados à economia internacional e ao valor do dólar. No RS há 3.668 unidades cadastradas no Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica (SisOrg), órgão administrado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Dentre as alternativas aos fertilizantes tradicionais, está o pó de rocha, que serve para dar estrutura ao solo e é ecologicamente mais correto e muito mais barato. Os bioinsumos para controlar pragas também estão entre as estratégias sustentáveis que não significam altos custos. Como práticas ecológicas, Uriartt destaca ainda a utilização de sementes de polinização aberta, sementes não transgênicas, milho crioulo e adubação verde.
Danos com a agricultura intensiva
O professor da Ufrgs, mestre em Sociologia Rural e doutor em Sociologia, Jalcione Almeida, analisa que, nas últimas décadas, houve avanços de práticas na agricultura, em termos gerais, com a implementação de técnicas desenvolvidas e disseminadas por instituições de pesquisa. O Plantio Direto, segundo ele, é uma ferramenta já consolidada. É uma técnica de semeadura que propicia a melhoria da qualidade de solo, água e ar e não demanda muito investimento.
Almeida entende que se deva avançar mais para diminuir os efeitos de uma agricultura intensiva. “Os efeitos têm se mostrado desastrosos para o meio ambiente. Os altos custos dessa agricultura têm limitado muito os avanços de determinadas áreas. Os níveis de exigência e de produção são muitos altos e têm todo um efeito ambiental, mas também efeitos do ponto de vista econômico e social”, conta, lembrando conflitos nessa área. “Fomos muito motivados por um slogan ‘Brasil celeiro do mundo’. Muito dinheiro foi colocado nisso e ainda apresentamos problemas. Somos um dos maiores produtores, mas um terço da população ainda passa fome”, aponta.
Segundo ele, pesquisa e conhecimento não faltam e o que o Brasil necessita é de vontade política e incentivos para uma produção mais preocupada com o meio ambiente. “De modo geral, em tese, se poupam recursos, desde a terra até outros recursos, como insumos e máquinas, mas precisa ter uma série de outras coisas, como mão de obra no campo”, afirma.
Fonte: Correio do Povo
Leia a notícia original em: https://www.correiodopovo.com.br/especial/economia-interessada-no-meio-ambiente-1.1052837
Energias renováveis
A energia renovável é aquela gerada e fornecida de modo a atender às necessidades atuais sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazerem às suas necessidades. É uma energia que sempre se renova, é sustentável e não produz gases de efeito estufa. Ela é uma energia muito antiga, não se esgota e se apresenta como fonte alternativa, garantindo a sustentabilidade ambiental.
Por ser extraída dos recursos naturais, e estes estão sempre se renovando, a energia renovável é uma ótima alternativa para o meio ambiente. Conforme definição da Agência Internacional de Energia, ela se deriva de processos naturais que se repõem constantemente, e está no centro da transição para um sistema de energia menos intensivo em carbono e mais sustentável. As energias renováveis cresceram rapidamente nos últimos anos, acompanhadas de fortes reduções de custos para a energia solar e a energia eólica em particular.
Como o próprio nome diz, renovável é a energia cujos recursos naturais utilizados na sua produção estão em constante renovação na natureza, como o sol, vento e ondas do mar. A renovação constante evita o desgaste do ambiente natural, e não há a produção de gases de efeito estufa, que agridem a saúde da população.
O tema das energias renováveis tem se revelado de grande importância para as relações econômicas mundiais, atuando até nas transformações geopolíticas, pois, além da questão ambiental, da redução dos gases de efeito estufa na atmosfera, tem-se o aumento da qualidade de vida e, ainda, a geração de empregos no mundo.
Também, elas oferecem a oportunidade de energia com inegáveis benefícios econômicos, sociais e de menor impacto ambiental. Os benefícios econômicos estariam na obtenção fácil da matéria-prima usada para esse tipo de energia; e quanto aos benefícios sociais estaria o aumento da qualidade de vida da população, já que não causam poluição ambiental nem degradam tanto o meio ambiente, além de promoverem o aumento dos empregos.
A energia renovável se apresenta de forma cíclica, e suas fontes podem ser utilizadas para a geração de eletricidade, geração de calor, produção de combustíveis e outros. Em países em desenvolvimento, as fontes renováveis contribuem para uma matriz energética diversificada e auxilia no crescimento. Fontes de energia renovável, como o vento, sol e biocombustíveis, podem e devem ser usadas para a preservação do planeta e melhor qualidade de vida de seus habitantes.
As energias renováveis, se forem mais bem aplicadas, apresentam um grande potencial para a questão energética mundial. O sol, vento, biomassa e ondas dos mares estão presentes em todo o mundo, precisando apenas de uma vontade maior dos governantes para serem aplicadas. A exploração da água, vento e energia solar direta não modifica o ambiente, pois não causa mudança na composição molecular ou atômica da matéria, não degrada tanto o meio ambiente. Se alguma mudança é ocasionada, seriam produzidos apenas alguns resíduos.
Nunca se investiu tanto em fontes limpas e renováveis. Novas tecnologias e modelos de negócio abrem espaço principalmente para o sol, o vento e a biomassa. Assim, cada dia mais temos que utilizar as energias renováveis para o bem de todos.
Fonte: Itatiaia
Leia a notícia original em: https://www.itatiaia.com.br/colunas/cristiana-nepomuceno/2023/06/29/energias-renovaveis
Secretário-geral da ONU diz que as mudanças climáticas estão fora de controle
O Secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou que as mudanças climáticas estão fora de controle. Ele disse que, se continuarmos adiando medidas cruciais pra proteger o meio ambiente, o planeta vai chegar a um ponto catastrófico.
A declaração foi dada justamente na semana em que o planeta bateu vários recordes de calor. Nesta quinta-feira(6), foi o dia mais quente já registrado na terra. A temperatura média global bateu 17,23°C.
O último recorde havia sido na segunda(3) e terça-feira(4) desta semana. Ou seja, foram três recordes de altas temperaturas nesta semana. Isto quer dizer que nunca antes o planeta registrou uma semana tão quente quanto essa.
Segundo o serviço de mudanças climáticas da União Europeia, este mês de junho foi o mais quente já registrado no mundo, ultrapassando o recorde anterior de 2019.
Enquanto a comunidade científica alerta para a importância de frear o aquecimento global, os americanos vão lidando como podem com o calorão (saiba mais abaixo).
Os efeitos do calor
Um cientista climático da Universidade Brown – universidade que tem um programa de estudos do clima – lembrou que o calor não vem sozinho. Além de matar ecossistemas, ele coloca espécies em risco de extinção.
Esse calor causa um efeito dominó. Um exemplo é a intensificação dos incêndios florestais no Canadá nas últimas semanas. A fumaça dos incêndios chegou até Nova York e isso fez com que, na sexta-feira passada, a qualidade do ar aqui ficasse entre as piores do mundo.
Com isso, mais pessoas procuraram hospitais por conta de problemas respiratórios.
Na Antártida, cientistas registraram um encolhimento recorde de placas de gelo e no Oceano Pacífico, o fenômeno El Niño, que é aumento da temperatura das águas da região chegou entre um e dois meses mais cedo do que de costume, este ano.
Alerta de calor extremo nos EUA
Nos Estados Unidos, o verão está castigando as pessoas e economias regionais. 20 milhões de americanos estão sob alerta de calor extremo.
Na Flórida, onde os termômetros marcaram 37°C, o assunto foi parar nas redes sociais: “Quero mudar daqui. meu corpo não foi feito pra este calor”, disse uma influenciadora.
Uma placa alerta que a alta temperatura do asfalto pode queimar as patinhas de animais de estimação.
Em Conneticut, o governador colocou em prática um protocolo de proteção. Uma das orientações é que as pessoas evitem atividades físicas na rua.
Temperaturas acima da média foram registradas no Texas, Oregon e Arizona, onde os termômetros chegaram a 41°C.
No estado do Minnessotta o calor já afeta produtores rurais. 92% do estado estão em situação de seca acima do normal para o mês de julho.
”A colheita começou devagar e agora está ainda mais atrasada”, diz uma americana.
O cientista climático Gavin Schimdt diz que a humanidade está pressionando os ecossistemas do planeta a funcionarem em condições desconhecidas, o que é preocupante.
Fonte: G1
Leia a notícia original em https://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2023/07/07/secretario-geral-da-onu-diz-que-as-mudancas-climaticas-estao-fora-de-controle.ghtml.
Comissão do Meio Ambiente aprova projeto disciplinando a recuperação e proteção das nascentes de água
Além de ser essencial para a vida, a água tem enorme valor econômico, estratégico e social. Diante da escassez de água potável verificada em várias partes do planeta, tem aumentado o número de projetos para a conservação das nascentes. Elas são fontes de água que surgem em determinados locais da superfície do solo e são facilmente encontradas no meio rural. A partir delas aparecem rios, ribeirões ou córregos. Entre as principais causas da degradação de nascentes estão o desmatamento e pastoreio intensivo, as queimadas, estradas mal planejadas e loteamentos em locais impróprios. Apesar do Brasil ser um dos países com maior riqueza hídrica no mundo e ter mais da metade da água da América do Sul, a distribuição pelo território nacional é heterogênia, com vários casos de degradação dos ecossistemas. A Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou um projeto de lei disciplinando as instalações para recuperação e proteção de nascentes. O senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, relatou o projeto que veio da Câmara e afirmou que é preocupante a redução na produção de água no Brasil por conta do desmatamento próximo a nascentes.
O desmatamento em nascente, em rio, em matas ciliares compromete muito porque, além de provocar o assoreamento das nascentes, diminui a produção de água. E a produção de água está diminuindo de forma muito grande no Brasil em todas as localidades.
A proposta segue agora para a análise do Plenário. A Comissão também aprovou projetos sobre a adoção de animais e o nível dos reservatórios hidrelétricos. A senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, relatou o projeto sobre as hidrelétricas e afirmou que a proposta dará mais transparência tarifária para os consumidores.
A divulgação nas faturas de energia elétrica do endereço eletrônico no qual serão disponibilizados o nível dos reservatórios e a foto desses últimos dará aos consumidores informações concretas sobre o que as autoridades do setor elétrico utilizam para justificar elevações nas tarifas e o acionamento das bandeiras tarifárias.
O projeto sobre o nível dos reservatórios hidrelétricos segue para a Comissão de Serviços de Infraestrutura, em decisão terminativa pelo Senado. Da Rádio Senado, Floriano Filho.
Fonte: Senado Federal
Leia a notícia original em https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2023/07/05/comissao-do-meio-ambiente-aprova-projeto-disciplinando-a-recuperacao-e-protecao-das-nascentes-de-agua
O papel da educação ambiental na promoção da sustentabilidade
A educação ambiental desempenha um papel essencial na promoção da sustentabilidade, pois conscientiza e amplia a compreensão dos desafios ambientais. Ao fornecer conhecimento e aumentar a consciência, capacita as pessoas a adotarem práticas sustentáveis, incentivando uma mudança de comportamento em direção a um futuro mais consciente e equilibrado.
Conscientização e compreensão dos problemas ambientais.
Ao abordar temas como poluição, mudanças climáticas e perda de biodiversidade, a educação ambiental cria um senso de urgência e compreensão sobre a importância de agir em prol da sustentabilidade. Além disso, ela promove uma visão holística e ampla das questões ambientais, permitindo que as pessoas compreendam a interdependência entre os seres humanos e o meio ambiente. Essa compreensão fortalece a consciência de que nossas ações têm um impacto direto na saúde do planeta, incentivando a adoção de práticas sustentáveis e a busca por soluções para preservar e proteger o meio ambiente para as futuras gerações.
Engajamento e participação ativa.
O engajamento e a participação ativa das pessoas em projetos e ações de preservação e conservação ambiental são fundamentais. Através do conhecimento adquirido, a educação ambiental inspira indivíduos a se envolverem em iniciativas práticas, como mutirões de limpeza, plantio de árvores e recuperação de ecossistemas. Essas atividades não só ajudam a mitigar os impactos ambientais, mas também fortalecem o senso de comunidade e a responsabilidade ambiental. Ao impulsionar a participação em projetos concretos, a educação ambiental capacita as pessoas a se tornarem agentes de mudança, contribuindo para a preservação do meio ambiente e a construção de um futuro mais sustentável.
Conexão entre o local e o global.
A educação ambiental também promove a conexão entre o local e o global. Ao fornecer conhecimentos sobre a interconexão entre nossas ações e o bem-estar do planeta, capacita as pessoas a adotarem práticas sustentáveis em seu cotidiano. Além disso, destaca-se o papel das empresas na promoção da sustentabilidade, e a educação ambiental pode ajudar a conscientizar e capacitar os funcionários para serem sustentáveis não apenas no ambiente de trabalho, mas também em suas vidas pessoais. Com a educação ambiental como base, podemos construir um futuro consciente e sustentável, no qual as ações individuais e coletivas contribuam para a preservação do meio ambiente em escala local e global.
A educação ambiental desempenha um papel essencial na promoção da sustentabilidade e na construção de um futuro consciente. Ela conscientiza sobre os problemas ambientais, capacita para ações sustentáveis e estimula o engajamento em projetos de preservação. Compreender a interdependência entre seres humanos e meio ambiente e agir local e globalmente são fundamentais para enfrentar os desafios ambientais. A educação ambiental é um caminho para desenvolver uma consciência coletiva e adotar práticas que preservem o planeta para as gerações futuras.
Conheça um pouco mais sobre o projeto educativo e de conscientização sobre a mudança do clima, desenvolvido pela Climatempo, e saiba como fazer parte dessa iniciativa: Projeto Clima do Futuro.
Fonte: Terra
Leia a notícia original em https://www.terra.com.br/planeta/meio-ambiente/o-papel-da-educacao-ambiental-na-promocao-da-sustentabilidade,d6407040d922432f07906e2f9f49cb6am0uwi6iy.html