Para determinados segmentos, o mapeamento em 3D do terreno é de suma importância nas tomadas de decisão, principalmente quando se trata de inspeções de segurança, análises ambientais, planejamento da expansão urbana e demais organizações do espaço.
Modelo 3D de terreno é a representação em terceira dimensão da topografia do terreno e seus acidentes geográficos. Essa representação é feita geralmente em formato matricial (imagem) e oriunda através de métodos topográficos (topografia clássica – diretamente no solo). Ou ainda, fotogramétricos (VANT, aviões, satélites, etc – fora do solo), que originam um Modelo Digital de Superfície (MDS) obtendo assim o seu relevo.
A tecnologia auxiliou muito para que os mapeamentos fossem feitos com custos cada vez mais baixos e tempo de execução cada vez menores, sem falar na extensão de terra a ser mapeada, onde muitas vezes é impossível levar profissionais a campo.
Com isso, surgiram os primeiros aviões equipados com sensores para captura de fotografias aéreas do terreno, e desse modo, para muitos locais não havia mais a necessidade de percorrer todo o terreno em solo.
Passados alguns anos, surgiram as primeiras imagens de satélite e agora com o uso dos VANTs (Veículo Aéreo Não Tripulado), é possível fazer todo o levantamento em poucos minutos sem que o operador percorra o terreno em campo, com um custo muito abaixo da topografia tradicional.
O que é um VANT?
Vant é um Veículo Aéreo Não Tripulado utilizado para inúmeras finalidades, restrito apenas pela imaginação e capacidade de voo do equipamento. É comum utilizarem o termo DRONE para esses equipamentos, porém, não é o mais correto. DRONE é um termo inglês que significa zangão, justamente pelo zumbido feito pelas hélices do veículo.
Para entendermos o que são esses veículos aéreos, modelos e espécies, recorremos ao “Regulamento Brasileiro da Aviação Civil Especial – RBAC-E n°94”, onde diz que existem basicamente 2 categorias de equipamentos:
- AEROMODELO (DRONE): finalidade exclusiva de recreação;
- RPA: Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (Remotely-Piloted Aircraft System). Aeronave não tripulada com estação de pilotagem remota e finalidade diversa de recreação (Aeronave Remotamente Pilotada) utilizada para fins de pesquisa e comerciais.
A Lei também cita que não há restrições para compra de DRONES, nem para o uso de licenças desde que a finalidade seja para diversão. Essa prática (aeromodelismo) é regulamentada pela “Portaria DAC n° 207”, de 07 de abril de 1999, expedida pelo Ministério da Aeronáutica.
Já para o uso comercial ou profissional (VANT), é necessário o uso de licença. Existem apenas 2 tipos de licença para essa finalidade:
- AIC: Circular de Informações Aeronáuticas para uso comercial;
- CAVE: Certificado de Autorização de Voo Experimental para para fins de pesquisa.
A Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) 100-40, estabelece os procedimentos, enquadramentos técnicos e parâmetros necessários para a utilização de cada aeronave de RPAs.
VANT e DRONE traduzem basicamente o mesmo equipamento, porém, o termo VANT é mais usado para uso comercial e profissional. Uma diferença significativa entre DRONE e VANT é que o VANT vai além de simplesmente voar, ele é capaz de executar uma tarefa ou serviço com outros equipamentos embarcados, como por exemplo, sensores e câmeras.
Por que utilizar um VANT?
Basicamente, um VANT é muito utilizado em trabalhos onde a utilização de um profissional demandaria muito tempo de execução ou uma logística muito cara. Por exemplo, o mapeamento de uma grande extensão de terra, onde há poucos anos era feito com o uso de aviões locados com uma equipe completa e de sensores embarcados com um custo bastante elevado.
Hoje, podemos fazer o mesmo em poucas horas com único operador. O mesmo ocorre com inspeções, que devem ser feitas por profissionais qualificados, porém, a necessidade de o profissional estar de fato no local, como por exemplo em barragens e edificações, pode ser feita por uso de VANT e o profissional analisará posteriormente as imagens e vídeos para fazer o laudo da inspeção.
Com o uso de VANT, reduzimos tempo e custo e aumentamos a segurança na execução de diversos projetos sem perder a qualidade e a precisão dos dados levantados.
Como é feito o mapeamento por VANT?
São basicamente necessárias 3 etapas:
- Planejamento de voo: elaborado em software específico no escritório;
- Coleta de dados: o voo propriamente dito;
- Processamento de dados: processamento e geração dos produtos em software específico em escritório.
Os dados coletados são inúmeras imagens aéreas, vídeos e pontos de controle com coordenadas geográficas e cotas altimétricas obtidos através de sensores embarcados no VANT. Há a necessidade de tratamento, processamento e equalização dos dados para que o produto que será gerado seja visualmente perfeito e cartograficamente preciso.
As imagens georreferenciadas obtidas pelo VANT podem ser convertidas em vetores para se trabalhar em SIG (Sistema de Informações Geográficas), construindo assim um banco de dados geográfico.
A escolha do modelo ideal de VANT para cada finalidade é uma das etapas mais importantes para o sucesso do projeto. A ECOSSIS tem a equipe certa para executar projetos com uso de VANT que irão atender a sua necessidade com a precisão cartográfica correta de seu mapeamento.
Entre em contato e solicite a visita de um dos técnicos da ECOSSIS!